Confiança do empresário do comércio desacelera queda em fevereiro, diz CNC

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São Paulo – O Indice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 1,5% em fevereiro na comparação com janeiro, para 104,5 pontos. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que no mês passado havia recuado com mais intensidade – em 2,4%. Na comparação anual, o Icec acumula queda de 18,5%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, embora os sinais sejam de pouco otimismo neste início de ano, a implementação de um novo programa de transferência de renda, entre outras políticas públicas para acelerar a capacidade de recuperação da economia e do consumo, poderá melhorar as expectativas.

“Com a performance dos dois primeiros meses de 2021, o Icec passa a impressão de que 2020 foi um ano que ainda não acabou. Os efeitos desta crise sem precedentes ainda reverberam, e a solução para retornarmos ao cenário anterior à pandemia é a vacinação em massa da população”, disse Tadros num comunicado.

Os três componentes do Icec apresentaram reduções em fevereiro. O referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais foi o que chamou mais atenção, indo para 80,1 pontos, com queda mensal de 3,1% e anual de 29,2%.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, apontou que os comerciantes reconhecem que o momento econômico atual se mostra difícil para os negócios. “O entendimento de que a economia melhorou correspondeu a uma fatia muito pequena dos entrevistados (3%), o que pode ser um sinal de reticência empresarial quanto às perspectivas da evolução econômica em um ritmo mais forte, nos próximos meses”.

O indicador que avalia as expectativas no curto prazo – o único acima dos 100 pontos – recuou pela segunda vez consecutiva (-1,6%), alcançando 140,7 pontos. Já o índice que mede as intenções de investimento apresentou a menor variação entre os três subíndices (-0,2%) e fechou o mês em 92,7 pontos.