Com 49 votos, Pacheco é reeleito presidente do Senado por mais dois anos

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Brasília – O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito, nesta quarta-feira, para presidir o Senado Federal pelos próximos dois anos. Com apoio do Palácio do Planalto, Pacheco teve 49 votos, contra 32 do senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além do PSD, Pacheco contou com o apoio declarado do MDB, do PT e do PDT, bem como de parte do União Brasil. O senador teve oito votos acima do necessário para ser eleito (41). Na última hora, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) retirou sua candidatura e declarou apoio a Marinho.

“Presidir um dos Poderes da República é um encargo que me hora e me desafia”, afirmou Pacheco, logo após a proclamação do resultado da eleição.

Segundo Pacheco, a presidência do Senado e, consequentemente do Congresso Nacional, será exercida com humildade, responsabilidade e comprometimento. O senador afirmou ainda que vai desempenhar esse papel segundo a Constituição, as leis e o Regimento Interno do Senado.

Pacheco pregou a pacificação do país e do Senado Federal. Disse que os Poderes precisam trabalhar em harmonia e que os ataques ocorridos na Praça dos Três Poderes no último dia 8 de janeiro não se repetirão. “Os interesse do país estão além e acima de questões partidárias. Precisamos nos unir pelo Brasil”, afirmou.

“Pacificação não significa se calar diante de atos antidemocráticos. Pacificação significa lutar pela verdade, abandonar o discurso de nós contra eles. O Brasil é diverso, mas é um só”, completou.

Pacheco agradeceu o apoio dos senadores, o PSD e Minas Gerais. Também destacou a participação de Marinho na eleição, argumentando que as disputas robustecem as instituições e fortalecem a democracia.

No discurso de apresentação da sua candidatura, Pacheco defendeu que o Senado mantenha uma “independência devida” em relação ao Executivo e que busque soluções legislativas para os conflitos de competência com o Judiciário.

“Um Senado que se subjuga é um Senado covarde. Não permitiremos. Nós devemos cumprir nosso papel de solucionar problemas através da nossa capacidade e dever de legislar”, afirmou Pacheco, destacando que a busca de soluções legislativas será feira sem revanchismos.

Pacheco destacou a produção legislativa da Casa durante a sua gestão, afirmou que defenderá as prerrogativas dos senadores e apontou como prioridades a reforma tributária, o enxugamento da máquina pública e o novo arcabouço fiscal.