Carteira de crédito sobe 0,7% em fevereiro, estima Febraban

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São Paulo – O saldo total da carteira de crédito deve crescer 0,7% em fevereiro e o ritmo de expansão em 12 meses ficará estável em 16,3% (ante 16,4% do mês anterior), revela a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O resultado de fevereiro deve mostrar contribuições positivas similares, tanto dos segmentos de Pessoa Física, com alta de 0,7%, quanto da carteira de Pessoa Jurídica, com estimativa de crescimento de 0,6%.
“O ritmo de expansão da carteira em 12 meses continua em um patamar bastante elevado, de dois dígitos, sinalizando que a oferta de crédito flui em um ritmo bastante forte, mesmo tendo em conta a atual conjuntura econômica e as condições financeiras mais adversas, com alta mais acentuada da Selic para conter a inflação, além de um processo de arrefecimento da recuperação do nível de atividade econômica”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.
Sardenberg também destaca que a carteira Pessoa Física com recursos livres deve mostrar um avanço mensal mais modesto, entretanto o ritmo de crescimento anual do segmento, em fevereiro de 22, seguirá forte e deve atingir 23,7% (ante 23,8% em janeiro de 2022).
A expansão da carteira Pessoa Jurídica (+0,6%), por sua vez, deve ter uma ligeira aceleração no ritmo de expansão anual da carteira, para 9,9% ante 9,8% no mês anterior. O desempenho positivo deve vir da carteira livre (+1,3%), dada a baixa base de comparação de janeiro, quando normalmente as vendas no varejo são mais fracas, o que acaba afetando a utilização de linhas de desconto e antecipação. Já a carteira Pessoa Jurídica direcionada deve recuar 0,6%, ainda devido à redução dos programas públicos de crédito.
CONCESSÕES
De acordo com a pesquisa, as concessões de crédito devem apresentar retração mensal de 3,1% em fevereiro. No ajuste por dias úteis, contudo, esta variação corresponde a uma alta de 1,8%, mostrando resiliência das concessões, apesar do ambiente mais desafiador da economia. Na visão acumulada em 12 meses, o volume concedido deve atingir 23,2%, maior valor da série histórica (desde 2013).
O crescimento ajustado por dias úteis deve vir das concessões para as companhias (+6,3%), liderado pelas operações com recursos livres para as grandes empresas e, em menor grau, das concessões com recursos direcionados.
Já as concessões para as famílias devem recuar 2,0%, com queda esperada tanto nas operações com recursos livres como nas com créditos direcionados.