Carga no sistema mantém estimativa de crescimento para o final de julho, diz ONS

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Usina hidrelétrica de Furnas / Foto: José Fernando Carli / freeimages.com

São Paulo – O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relativo à semana operativa que vai de 15 a 21 de julho apresenta índices favoráveis para a carga no final de julho. A previsão é de aceleração de 0,9% (69.854 MWmed) no Sistema Interligado Nacional (SIN), e em dois subsistemas: o Norte, 11,5% (7.192 MWmed), e o Nordeste, 4,1% (11.621 MWmed).

Os percentuais mencionados são inferiores àqueles divulgados nas primeiras revisões.

As demais regiões registram tendência de redução na carga. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a retração deve ser de 1,0% (39.136 MWmed) e para o Sul pode chegar a 1,3% (11.905 MWmed). Os indicadores comparam as estimativas para o final de julho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

As projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) estão compatíveis com o período sazonal tipicamente seco, que está em curso. A perspectiva mais elevada é da região Sul, 177% da Média de Longo Termo (MLT). O indicador é mais do que o triplo do apontado na revisão anterior (52% da MLT). O Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios do SIN, deve registrar ENA de 86% da MLT em 31 de julho, ante 84% apresentados previamente. Para os subsistemas Norte e Nordeste, as previsões de ENA são de 76% e 50%, respectivamente.

O Operador segue monitorando o fenômeno do El Niño e seus possíveis desdobramentos como chuvas em volume mais elevado na região Sul, temperaturas acima da média no Centro-Sul e redução da precipitação no Norte e no Nordeste.

As indicações de Energia Armazenada (EAR) para o final do mês estão acima de 90% em dois subsistemas. A região Sul é a mais elevada, 95%, patamar que registra crescimento expressivo ante revisões prévias, num movimento alinhado ao aumento da afluência neste submercado. O Norte e o Sudeste/Centro-Oeste podem, respectivamente, atingir 94,5% e 84,3%. Para o Nordeste, a projeção é de 78,8%.

O Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém zerado em todos os subsistemas pela trigésima semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. É o período mais longo de CMO zerado de forma consecutiva na série histórica monitorada pelo Operador.