Brasil tem mais de 156 milhões de eleitores aptos a votar no pleito de outubro, segundo TSE

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O TSE aumentou o esquema de segurança para acessar o prédio do tribunal neste domingo

Brasília – O Brasil atingiu o marco de 156.454.011 eleitores aptos a votar no pleito de outubro, segundo dados divulgados, nesta sexta-feira, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse total representa um aumento de 6,21% em relação ao eleitorado cadastrado nas eleições de 2018. Naquele pleito, o número de habilitados a votar foi de 147.306.275. De acordo com o cadastro eleitoral de 2022, as mulheres são a maioria no eleitorado brasileiro. São 82.373.164 eleitoras – 52,65% do total. Já os homens são 74.044.065 – 47,33%. Outros 36.782 votantes não informaram o sexo.

Para o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania” no país. Conforme Fachin, este é o maior eleitorado cadastrado na história brasileira. Com a divulgação dos dados, destacou o ministro, “o TSE cumpre uma de suas missões fundamentais que é organizar, preparar e realizar as eleições fundamentais para o estado democrático de direito e para a própria democracia”.

“Este é mais um serviço que a Justiça Eleitoral presta, como tem feito em 90 anos de existência, e em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, em prol de um sistema seguro, transparente e auditável”, afirmou Fachin.

No próximo dia 2 de outubro, primeiro turno das eleições de 2022, estarão em disputa os cargos de presidente da República, governador dos 26 estados e do Distrito Federal, senador (um por unidade da federação) e deputados federal, deputado estadual e distrital.

VOTO FACULTATIVO

Nas eleições deste ano, 2.116.781 jovens de 16 a 17 anos poderão votar, o que representa um crescimento de 51,13% em relação ao pleito de 2018. O eleitorado acima de 70 anos cresceu 23,82% neste ano. Passou de 12.028.608, em 2018, para 14.893.281 idosos, em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar no dia 2 de outubro. No Brasil, o voto é facultativo para os jovens de 16 a 17 anos de idade, para as pessoas acima dos 70 anos e para os analfabetos.

O TSE informou que, nas eleições de 2022, 37.646 eleitores vão usar o nome social. Pela terceira eleição consecutiva, a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome social impresso no título de eleitor e no caderno de votação. Segundo o TSE, na divisão por gênero, são 20.129 eleitoras e 17.517 eleitores que vão utilizar o nome social no pleito de outubro de 2022. Em 2018, conforme o balanço do TSE, 7.945 pessoas usaram o nome social.

O eleitorado brasileiro está distribuído em 5.570 cidades, incluindo Brasília e Fernando de Noronha, além de 181 locais no exterior. A votação vai ocorrer em 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais.

São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 22,16% de todos os eleitores. Ou seja, a cada cinco votantes no país, um reside no estado de São Paulo. Em seguida vêm Minas Gerais, com 10,41% do eleitorado, e Rio de Janeiro, com 8,2%. O Sudeste concentra 42,64% do eleitorado nacional. Os estados com menor eleitorado ficam no Norte, região que responde por 8,03% dos votantes: Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%). O Nordeste tem o segundo maior contingente de eleitores: 27,11% do total. O Sul tem 14,42% e Centro-Oeste, 7,38%.

O município de São Paulo tem o maior número de eleitores: 9.314.259 votantes. Em seguida, Rio de Janeiro (5.002.621), Brasília (2.203.045), Belo Horizonte (2.006.854) e Salvador (1.983.198). Os menores colégios eleitorais estão nos municípios de Borá (SP), com 1.040 votantes; Araguainha (MT), 1.042; Serra da Saudade (MG), 1.107; Engenho Velho (RS), 1.213; Anhanguera (GO), 1.234.

IDENTIFICAÇÃO BIOMÉTRICA

Conforme o TSE, três em cada quatro eleitores fizeram a identificação biométrica na Justiça Eleitoral. Ao todo, 118.151.926 serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. Outros 38.320.884 de brasileiros (24,48%) ainda estão sem biometria.

Em relação aos anos anteriores o quantitativo subiu consideravelmente. Em 2018, 59,31% do eleitorado tinha a biometria completa, contra 16,7% em 2014. Já no que diz respeito aos 5.570 municípios brasileiros, em 2022 são 4.510 cidades com biometria, o que representa 80,97% do total. Há 998 municípios híbridos (17,92%) e outros 62 sem biometria (1,11%). Dezoito estados brasileiros contam com a biometria em todos os municípios.

Quanto ao grau de instrução, os dados mostram uma mudança importante em relação a 2018: a maior parcela do eleitorado se concentra entre aqueles que declararam possuir o ensino médio completo. São 41.161.552, o equivalente a 26,31% do total. Nas eleições anteriores, em 2018 e 2014, a principal faixa do eleitorado a composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto.

Neste ano, eleitores com o ensino fundamental incompleto são 35.930.401, correspondente a 22,97% do eleitorado. Na sequência, 26.049.309 eleitores afirmaram ter o ensino médio incompleto (16,65%) e outros 17.127.128s declararam ter o ensino superior completo (10,95%).

Para as eleições deste ano, 1.271.381 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, um crescimento de 331.466 pessoas em relação a 2018, quando 939.915 pessoas afirmaram estar nessas condições, um aumento de 35,27%.