Bolsonaro diz que problemas econômicos do país resultam "da política covarde e criminosa do fique em casa"

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Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta populares na entrada do Palácio da Alvorada na manhã desse sábado. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Brasília – Em evento no interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro reiterou que os problemas econômicos enfrentados pelo país são decorrentes das medidas de isolamento social adotadas para enfrentar a pandemia da Covid. “Isso é resultado da política covarde e criminosa que foi aquela do fique em casa”, afirmou Bolsonaro.
O presidente participou, nesta quarta-feira, da entrega de títulos de propriedades rurais em Miracatu (SP). “Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo inteiro que teve a coragem de insurgir contra a política do fique em casa, os fechamentos, o lockdown, contra medidas restritivas e contra vacinação obrigatória”, disse Bolsonaro, destacando que todas as vacinas distribuídas no país foram compradas pelo governo federal.
Segundo Bolsonaro, as medidas restritivas tiraram a fonte de renda dos trabalhadores informais, preservando os empregos dos servidores públicos. O presidente disse que a situação não é mais grave porque o governo federal pagou o auxílio emergencial, em valor “equivalente a 13 anos de Bolsa Família”.
Conforme o presidente, o Brasil tem assistido “alguns prefeitos fazendo barbaridades com o povo tendo em vista a pandemia”. “Vocês são felizes aqui porque têm um bom prefeito, não têm esse problema, mas muitos municípios vêm sofrendo absurdos”, completou o presidente, ao defender responsabilidade no momento de votar nas próximas eleições.
Bolsonaro voltou a dizer que não há corrupção em seu governo, comparando-o com as administrações petistas, quando foram revelados os escândalos do mensalão e da Petrobras. afirmou que não é fácil ser presidente, mas que cumprirá seu mandato até o fim. “Não é fácil ser prefeito, que dirá presidente, mas entendo que é uma missão de Deus e vou cumprir essa missão até o último dia do meu mandato”, completou.
O presidente disse que seu governo tem “a marca da verdade” e que não usará palavras fáceis para contar mentiras. “Não será uma ação mentirosa e sem fundamentação que vai me tirar de lá”, afirmou.
Bolsonaro voltou a criticar a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) definir novo marco temporal para demarcação de terras indígenas no país, o que aumentaria esse tipo de reserva no país. “Isso será o fim do agronegócio brasileiro. Isso será a certeza de que poderemos não ter mais a garantia alimentar, a certeza de que a nossa economia, calcada no agronegócio, sofrerá”, afirmou.