BofA diz que pedido de recuperação judicial da Petrópolis deve deixar cerveja mais cara

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Cervejaria da Ambev/Divulgação

São Paulo – Ontem, a Petrópolis, terceira maior produtora de cerveja do
Brasil entrou com pedido de recuperação judicial. O evento fez com que os analistas do Bank of
America (BofA) vislumbrassem melhores ventos para aAmbev, mas mantém rating neutro para a
companhia.

“Acreditamos que este é um evento importante para a indústria cervejeira no Brasil, já que Ambev
e Heineken são os dois maiores produtores com mais de 80% de participação de mercado e têm
espaço para ganhar ainda mais”, diz analise.

“As engarrafadoras da Coca-Cola também têm crescido como players após a aquisição da
Therezopolis e algumas marcas da Heineken

Os próximos passos de Petrópolis são incertos, diz o BofA, mas os planos de recuperação podem
incluir a venda de ativos, ao passo que os investimentos em nova capacidade, marcas e marketing
geralmente são suspensos.

Nesse cenário, pode haver espaço para os principais players cervejeiros, – incluindo a Ambev- ,
ganharem participação. Além disso, acreditamos que a receita média por hectolitro do setor pode
aumentar. Nossas verificações de canal mostram que Itaipava, principal marca core de Petrópolis,
é vendida com 5%-10% de desconto para outras marcas. Se perder participação e a disponibilidade
diminuir, os preços médios do segmento poderão subir, à medida que os consumidores trocarem por
marcas um pouco mais caras.

Segundo os calculos dos especialistas, se a Ambev capturar 75% dos volumes de Petrópolis, isso
sugeriria um aumento potencial de 19% para seus próprios volumes no Brasil e 7% para o ebitda
(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado.