BofA diz que aumento de capital do Fleury deve ajudar a diminuir alavancagem

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São Paulo, SP – O Fleury anunciou ontem que fará um aumento de capital privado de no mínimo R$ 602 milhões e de até R$ 1,218 bilhão. O preço de emissão será de R$ 17,27 por ação, com desconto de 6,5% em relação à cotação do último fechamento. Com isso, serão no mínimo 34,8 milhões de ações emitidas, e no máximo 70,5 milhões de novas.

Para o Bank of America (BofA), que manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 23/ação, a iniciativa deve reforçar a posição de caixa da empresa para pagar R$ 270 milhões para Pardini (parcela em dinheiro da aquisição), R$ 120 milhões em investimentos
no novo centro técnico Polaris, pagamento de aquisições como Saha (R$ 120 milhões), Retina Clinic (R$ 21 milhões), Methodos (R$ 27 milhões), reduzir a alavancagem (Fleury está em 1,8x Dívida Líquida/EBITDA no 2T22) e também pagar por potenciais novas aquisições.

“Deve haver uma oscilação no preço das ações no curto prazo, uma vez que há um desconto de 6,5% sobre o preço de sexta-feira (14 de outubro). Além disso, vemos a emissão como uma forma de o Bradesco (principal acionista) reforçar sua posição na companhia caso tenha sobras de subscrição em excesso. Por fim, continuamos vendo o Fleury em um bom momento operacional, entregando resultados acima do esperado. Esperamos margem ebitda de 28% para o terceiro trimestre de 2022, acima do consenso de 27% e de 27% para 2023, acima do consenso de 26%”, detalhou o BofA.