Biden assina decreto que incentiva fabricação de veículos elétricos nos EUA

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Foto: Rathaphon Nanthapreecha / Pexels

São Paulo – O presidente norte-americano, Joe Biden, assinou decreto que incentiva a fabricação dos chamados veículos verdes nos Estados Unidos e que inclui, entre outros pontos, a meta de transformar em elétrica metade da frota do país até 2030.

Para isso, o governo adotará medidas de apoio para a indústria do setor, já que a ideia é que esses automóveis e caminhões leves sejam produzidos com tecnologia totalmente norte-americana, além de impulsionar a aquisição desses veículos via crédito facilitado.

“Precisamos transformar nossa infraestrutura, incluindo ruas, estradas e pontes. Precisamos aumentar a capacidade industrial, e apostar em trabalhadores bem pagos. Vamos investir quantias recordes em pesquisa e desenvolvimento. Não queremos estar mais na situação de hoje no qual há escassez de semicondutores”, disse Biden.

A General Motors, a Ford Motor e a Stellantis declararam que seu compromisso com a iniciativa depende de financiamento federal para pesquisa e desenvolvimento de manufatura e cadeia de suprimentos, incentivos para compra e uma rede nacional de carregamento de veículos elétricos.

“Vamos apoiar consumidores e frotas. Isso quer dizer que haverá crédito facilitado para a aquisição de veículos elétricos totalmente fabricados nos Estados Unidos”, acrescentou.

O presidente norte-americano anunciou ainda que reverterá uma série de medidas da administração de Donald Trump, mas não deu detalhes sobre quais ações iria adotar.

“Seguindo a promessa de campanha, vou reverter as medidas adotadas pela administração anterior e que aboliram padrões de eficiência para os veículos. Agência de Proteção Ambiental e o Departamento de Transporte estão começando a trabalhar na próxima rodada de padrões para uma ampla classe de veículos, para carros, SUVs, picapes, veículos médios e pesados”, disse ele.

Biden classificou como desafiadora a meta de ter 50% dos veículos elétrico vendidos nos Estados Unidos até 2030 e defendeu investimentos pesados na capacidade produtiva norte-americana.

“Como eu já disse antes, estamos concorrendo com a China e outros países para liderar o século 21. Para que isso seja possível, precisamos reforçar as bases do ‘made in Estados Unidos’”, afirmou. “A maioria das baterias de carros elétricos são feitas na China e isso não quer dizer que as baterias chinesas sejam as melhores do mundo. Aqui, temos tecnologia para isso e devemos usá-la para garantir nossa liderança e desenvolvimento”, acrescentou.