BC da Inglaterra mantém juros em 0,1% ao ano

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Sede do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) / Foto: BoE

São Paulo – O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa básica de juro do Reino Unido inalterada em 0,1% ao ano, em uma decisão unânime, e reiterou que está pronto para agir, se necessário, para apoiar a economia britânica em meio à pandemia do novo coronavírus.

O Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) também decidiu, por sete votos a favor e dois contrários, seguir com o programa de compra de ativos de 200 bilhões de libras, levando o estoque de títulos públicos adquiridos para 635 bilhões de libras. Dois membros preferiram aumentar a meta para o estoque de compras de ativos em 100 bilhões de libras adicionais.

“Nesta reunião, o Comitê julga que a posição atual da política monetária é apropriada. O MPC continuará monitorando a situação de perto e, de acordo com suas atribuições, está pronto para tomar as medidas necessárias para apoiar a economia e garantir um retorno sustentado da inflação à meta de 2%”, segundo comunicado.

O BoE destacou que “a disseminação da covid-19 e as medidas para contê-la estão tendo um impacto significativo no Reino Unido e em muitos países ao redor do mundo”, com queda forte na atividade econômica e alta no desemprego, além de volatilidade nos preços do petróleo.

No entanto, há sinais précios de recuperação dos gastos domésticos na China, o que segundo o BoE deve ser refletido em outros países que começaram a relaxar as restrições relacionadas ao novo coronavírus na atividade econômica. “A situação sem precedentes significa que as perspectivas para o Reino Unido e as economias globais são extraordinariamente incertas”.

Com relação aos preços, a taxa de inflação britânica caiu para 1,5% em março e deve cair abaixo de 1% nos próximos meses, refletindo, em grande parte, a evolução dos preços da energia, diz o BoE.

Por fim, o banco central britânico ressaltou que, em um cenário de diminuição gradual do distanciamento social e de estímulos monetários e fiscais, a recuperação econômica será relativamente rápida, com inflação em torno de 2%”. “O balanço de riscos para as perspectivas econômicas está inclinado para o lado negativo”.