Banco central mantém política monetária e reitera que pode cortar juros

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São Paulo – O Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária inalterada, mas indicou que pode cortar a taxa de juros de referência do país se necessário para levar a inflação à meta de 2% ao ano. O banco disse ainda que as exportações mostraram enfraquecimento.

O BoJ manteve a taxa de depósitos em -0,1% e a meta para juros de 10 anos em zero. O banco continuará comprando anualmente 80 trilhões de ienes em títulos do Japão e 90 bilhões de ienes em fundos imobiliários com cotas negociáveis em bolsa. As compras anuais de ETFs (fundo de índice, ou exchange-traded fund, em inglês) serão de 6,0 trilhões de ienes.

No comunicado, o BoJ reiterou que espera manter as taxas de juros de curto e longo prazo “nos níveis atuais ou mais baixos enquanto for necessário para prestar muita atenção à possibilidade de que o impulso para atingir a meta de estabilidade de preços seja perdido”.

O banco central japonês reafirmou que não “hesitará em tomar medidas adicionais de afrouxamento” se necessário para alcançar a meta de inflação de 2% ao ano.

Além disso, o BoJ repetiu que a economia do Japão segue uma tendência de expansão moderada, embora “as exportações, a produção e o sentimento comercial tenham mostrado alguma fraqueza, afetadas principalmente pela desaceleração das economias estrangeiras e desastres naturais”.

O banco afirmou ainda que a produção industrial declinou recentemente. Por outro lado, com relação às perspectivas, é provável que a economia do Japão continue em expansão moderada, “já que é esperado o impacto da desaceleração das economias estrangeiras na demanda doméstica seja limitado”.