B3 encerra revisão de dados do fluxo de investimento estrangeiro em bolsa

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São Paulo, SP – A B3 anunciou na sexta-feira (20/5) a revisão final das estatísticas de fluxo de entrada e saída de investidores estrangeiros. Foram publicados os dados das movimentações desses investidores nos anos de 2020 e 2021 no mercado secundário, adaptados para excluir as informações sobre empréstimo de ativos.

A revisão mostra que o saldo total, nos mercados primário e secundário (ações listadas), de recursos estrangeiros que entraram na bolsa brasileira passou de R$ 94,2 bilhões em 2022, de acordo com a metodologia anterior, para R$ 67,8 bilhões, na nova metodologia, uma variação de R$ 26,4 bilhões negativos. O saldo do mercado primário passou para R$ 3,7 bilhões, de R$ 3 bilhões, e no secundário, de R$ 91,1 bilhões, para R$ 64,1 bilhões.

Em 2021, o saldo total mudou de uma entrada de R$ 102,3 bilhões para R$ 41,5 bilhões, uma queda de R$ 60,8 bilhões. No ano passado, houve o aporte de R$ 48,7 bilhões no mercado primário, e não R$ 31,6 bilhões informados segundo a metodologia anterior, enquanto no de ações listadas houve retirada de R$ 7,2 bilhões e não entrada de R$ 70,8 bilhões conforme a B3 informou anteriormente.

Por fim, em 2020, o dado mudou de uma retirada de R$ 2,6 bilhões para uma entrada de R$ 700 milhões, uma variação positiva de R$ 3,3 bilhões entre as duas metodologias. No primário, a mudança foi de um saldo de R$ 40,4 bilhões, de R$ 29,2 bilhões, e no secundário para uma retirada de R$ 39,7 bilhões, ao invés de um saldo negativo de R$ 31,8 bilhões.

No dia 1º de abril de 2022, a B3 anunciou a revisão, porque as operações de empréstimo de ações não envolvem aportes financeiros e seriam, portanto, retiradas da estatística. As informações revisadas de 2022 foram divulgadas na ocasião, enquanto aquelas relativas a 2020 e 2021 estavam sob análise, em um processo agora concluído.

Além disso, a B3 está mudando a metodologia para cálculo dos dados de participação de investidores estrangeiros via ofertas públicas (IPO e Follow On). Na metodologia anterior, o site institucional da bolsa usava as informações dos anúncios de encerramento das ofertas pelos emissores, que têm prazo legal de até seis meses para serem concluídos.

Com a alteração, serão considerados os dados de liquidação das operações realizadas no
mercado primário nos sistemas da B3.

De acordo com a B3, “o ajuste oferece maior tempestividade ao dado, reduz a chance de inconsistências no preenchimento das informações e, por ter a mesma metodologia de classificação usada no mercado secundário, permite a conciliação entre os dados de negociação desses investidores nos diferentes mercados.”

Foram revisados os dados a partir de 2018, após a implementação das clearings integradas, para que reflitam a liquidação financeira realizada em D+2, finalizou a bolsa brasileira, em nota.