Azul conclui restruturação com arrendadores e fabricantes

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São Paulo, SP – A Azul concluiu a restruturação de suas obrigações com a maior parte dos seus arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais. Segundo a companhia, a operação reduz significativamente os seus passivos de arrendamento, com a redução dos pagamentos de arrendamento futuros em mais de R$ 1,0 bilhão por ano.

Para 2023, a companhia reduziu em R$ 1,3 bilhão, para R$ 2,9 bilhões, de R$ 4,2 bilhões estimados em leasing, incluindo entregas futuras, e para 2024, em R$ 1 bilhão, para R$ 3 bilhões, de R$ 4 bilhões.

A reestruturação contemplou a eliminação das obrigações de pagamento de arrendamento que haviam sido anteriormente diferidas durante a pandemia da Covid-19; a redução permanente nos pagamentos contratuais de arrendamento, para novas taxas acordadas de mercado; o diferimento de determinados pagamentos a arrendadores e fabricantes, bem como obrigações contratuais com fornecedores; e outras concessões, incluindo reduções nas obrigações de final de contrato de arrendamento e condições de devolução de aeronaves, eliminação de pagamentos de reservas de manutenção futuras e rescisão antecipada de determinados arrendamentos de aeronaves.

Como parte desses acordos, Azul Investments LLP, subsidiária da Azul, emitiu US$370.490.204,00 de valor principal de títulos de dívida sem garantia, com vencimento em 2030 e cupom de 7,500%, em contrapartida a determinados pagamentos e outras obrigações devidas a tais arrendadores e fabricantes.

Em conexão com esses acordos, arrendadores e fabricantes também concordaram em receber um total de até US$ 570 milhões em ações preferenciais da Azul a um valor de R$ 36,00 por ação. A emissão de todas as ações preferenciais abrangidas nesses contratos será feita em parcelas trimestrais, com início no terceiro trimestre de 2024 e com conclusão prevista para o quarto trimestre de 2027.

Ao longo deste período, se no momento da aferição o preço das ações preferenciais da Azul
estiver abaixo de R$36,00, a Azul poderá compensar a diferença através da emissão de ações preferenciais adicionais, ou através de liquidação em dinheiro, ou através da emissão de novos instrumentos de dívida. Se o preço de negociação das ações preferenciais da Azul for superior a determinados limites, o número de ações será limitado a esses limites e a diluição será, portanto, menor. A Azul manterá os investidores e o mercado em geral atualizados sobre o andamento da emissão das ações preferenciais.

“Temos a satisfação de comunicar a eficácia dos acordos comerciais anunciados em março. Por meio destes acordos, melhoramos significativamente a nossa estrutura de capital e fluxos de caixa, reduzindo os nossos passivos e pagamentos de arrendamento, ao mesmo tempo que honramos o nosso compromisso de compensar integralmente os nossos parceiros. Além disso, não temos vencimentos significativos até o final de 2028 e agora podemos contar com um forte balanço patrimonial e posição de liquidez, consistente com nossa malha superior, oferta de produtos e estrutura de custos”, disse Alex Malfitani, CFO da Azul.