Auxílio fiscal deve ser direcionado e não unificado, diz Georgieva

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A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva / Foto: Joshua Roberts/FMI

São Paulo — A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que o apoio fiscal oferecido pelos países durante a pandemia deve ser direcionado, não mais unificado como feito no início da recessão. Segundo ela, o foco deve ser o apoio ao trabalhador e consumidor, não às firmas e empresas.

“O foco aqui não é se devemos ou não oferecer apoio, porque devemos. Mas a questão agora é determinar que tipo de apoio e ele deve ser direcionado, não mais distribuído igualmente como no início”, afirmou Georgieva em conferência virtual no FMI.

“Os governos que possuem espaço fiscal para isso devem focar na recuperação econômica os trabalhadores e consumidores, que estão tendo uma dificulae maior de se reestabelecer e voltar a consumir”, disse ela.

Georgieva também destacou que uma mudança na visão de economia deve ser aplicada a partir de agora. “A economia pós-pandemia será muito diferente da pré-pandemia”, afirmou ela. “Por isso, os governos precisam agir pensando nas novas estruturas, não mais nas antigas”.

Como exemplo, a diretora do FMI citou uma adpatação nas tarifas tributárias, para que se ajustem à realidade do trabalhador e do empresário.

“A tarifa de empresas digitais é uma solução otimizada para esses tempos e poeria oferecer muito apoio. Eu tenho certeza que algum acordo nesse sentido, que contemple todos os laos da questão, será alcançado em algum momento”, afirmou ela.