Aumento do IOF dificulta processo de recuperação da economia, diz Febraban

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São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criticou o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciado pelo governo federal, ontem (16), e disse que a medida é um fator que dificulta o processo de recuperação da economia.
“Aumento de impostos sobre o crédito, mesmo que temporário, agrava o custo dos empréstimos, particularmente em um momento em que o Banco Central precisará subir ainda mais a taxa básica de juros para conter a alta da inflação”, disse a entidade em nota.
A Febraban também alerta que a medida pode aumentar o desestímulo aos investimentos e mais custos para empresas e famílias que precisam de crédito.
“Para enfrentar as dificuldades fiscais, evitar impactos negativos no custo do crédito e propiciar a retomada consistente da economia, só há um caminho: perseverarmos na aprovação da agenda de reformas estruturais em tramitação no Congresso”, finalizou a Febraban.
O aumento da alíquota do IOF foi anunciado com o objetivo de custear o Auxílio Brasil, programa proposto pelo governo para substituir o Bolsa Família, até o fim deste ano. O aumento estimado na arrecadação é de R$ 2,14 bilhões.
Segundo o Ministério da Economia, entre 20 de setembro a 31 de dezembro de 2021, para as pessoas jurídicas, a atual alíquota diária de 0,0041% (referente à alíquota anual de 1,50%) passa para 0,00559% (referente à alíquota anual de 2,04%). Para pessoas físicas, a atual alíquota diária de 0,0082% (referente à alíquota anual de 3,0%) passa para 0,01118% (referente à alíquota anual de 4,08%).