Analistas veem resultados sólidos em 2T22 da Vibra, apesar de cenário macro desafiador

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São Paulo – A Ativa Investimentos tem recomendação de compra para a Vibra (VBBR3) e preço-alvo de R$33 porque vê a empresa como o melhor player para se capturar as atuais potencialidades do setor de downstream no país.

De acordo com os analistas da Ativa, a companhia seguiu entregando margens saudáveis e manteve a sua posição de liderança de mercado, mesmo lidando com relevantes desafios à colocação de sua proposta comercial em função do alto preço internacional de petróleo e derivados e da volatilidade de câmbio – e maiores despesas com Cbios. Houve, também, desdobramentos da inflação em custos e despesas operacionais.

“A companhia optou por retomar a sua política de hedge em junho para melhor lidar com as condições apertadas de importação de derivados e assim, aliar maior previsibilidade e garantia ao suprimento de sua rede de clientes”, diz o time da Ativa.

“Ainda que as suas despesas operacionais tenham evoluído frente ao último trimestre em função das despesas com hedge e Cbios, a companhia conseguiu registrar um Ebitda/m3 muito forte e superior às nossas estimativas (R$ 175/m3 vs R$ 155/m3.)”

Embora os analistas considerem que a fortíssima necessidade de capital de giro do período tenha impedido melhor geração de caixa operacional, continuam tendo visão positiva dos resultados da companhia, que ainda ganhou market share e adicionou 59 postos no período.

A Levante também está otimista frente aos resultados de 2T22 da Vibra Energia. “A Vibra entrega um sólido resultado e acima das expectativas, demonstrando a incrível capacidade de adaptação e execução da empresa, com Ebitda e margem recorde”, diz análise.

Os especialistas notam que apesar de navegar em um mar de volatilidade e incertezas, a companhia conseguiu apresentar um ótimo resultado, apesar de pontos de desvio de seus resultados. “Neste anos, vários fatores impactaram o setor, como a guerra na Ucrânia, a disparada no preço do petróleo, a defasagem praticada nos preços pela Petrobras, o recorde no crack spread, as discussões e alterações nos impostos sobre combustíveis e metas de CBIOs, incertezas com relação ao abastecimento nacional, entre outras. Tal volatilidade e incertezas obrigam as companhias a se adaptarem rapidamente ao cenário, criando oportunidades e desafios”, completa a análise.