Aluguel residencial tem discreta desaceleração, mas avança 1,68% em abril, diz Fipezap

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Foto divulgação: USP Imagens

São Paulo – Com base no comportamento dos preços do aluguel de imóveis residenciais em 25 cidades brasileiras, o Indice FipeZAP+ de Locação Residencial registrou alta de 1,68% em abril de 2023. O avanço representou uma discreta desaceleração frente ao resultado de março (+1,75%).

Comparativamente, a variação média do aluguel residencial apurada pelo índice superou a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+0,61%), assim como o resultado mensal do IGP-M/FGV (-0,95%).

Dentre as 25 cidades que integram o cálculo do Indice FipeZAP+ de Locação Residencial, 24 localidades contribuíram para a valorização mensal do índice, incluindo as 11 capitais incluídas nesse rol: Goiânia (+5,15%); Florianópolis (+4,41%); Fortaleza (+3,22%); Belo Horizonte (+2,71%); Rio de Janeiro (+2,14%); Curitiba (+1,80%); Salvador (+1,76%); São Paulo (+1,28%); Porto Alegre (+1,08%) Brasília (+0,78%); e Recife (+0,55%).

Com base nos últimos resultados, o Indice FipeZAP+ de Locação Residencial acumulou uma alta de 6,39% no ano, superando nesse recorte temporal a inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (+2,72%), assim como a variação acumulada pelo IGP-M/FGV (-0,75%).

Todas as 25 cidades monitoradas registraram valorização do aluguel, incluindo as capitais mencionadas: Goiânia (+18,82%); Florianópolis (+17,33%); Fortaleza (+11,19%); Rio de Janeiro (+8,95%); Belo Horizonte (+8,54%); Curitiba (+7,37%); Salvador (+6,69%); São Paulo (+4,59%); Recife (+3,20%); Brasília (+2,91%); e Porto Alegre (+2,60%).

Considerando os resultados mensais dos últimos 12 meses encerrados em abril de 2023, o Indice FipeZAP+ de Locação Residencial acumulou uma alta nominal de 17,00%, resultado que supera as variações dos índices de preço da economia brasileira: IPCA/IBGE (+4,18%) e IGPM/FGV (-2,17%).

Também neste recorte, todas as 25 cidades monitoradas pelo índice registram valorização dos preços de locação em suas respectivas localidades, entre as quais se pode destacar os avanços nas 11 capitais supracitadas: Florianópolis (+37,68%); Goiânia (+33,84%); Curitiba (+23,06%) Fortaleza (+23,04%); Rio de Janeiro (+20,52%); Belo Horizonte (+20,28%); São Paulo (+15,12%) Recife (+12,86%); Porto Alegre (+12,23%); Salvador (+12,19%); e Brasília (+8,89%).

O preço médio de locação residencial, com base em dados de 25 cidades monitoradas pelo Indice FipeZAP+ de Locação Residencial, foi de R$ 38,35/m2 em abril de 2023.

Comparando-se a apuração do último mês entre as capitais envolvidas no cálculo do índice, São Paulo apresentou o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 47,66/m2), seguida pelos registros em: Florianópolis (R$ 45,77/m2); Recife (R$ 43,87/m2), Rio de Janeiro (R$ 41,02/m2) e Brasília (R$ 37,48/m2).

Em contraponto, as capitais monitoradas com menor valor de locação residencial na última apuração mensal foram as seguintes: Fortaleza (R$ 25,86/m2), Porto Alegre (R$ 28,54/m2), Goiânia (R$ 31,22/m2) e Salvador (R$ 31,44/m2).

A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. Com base nos últimos resultados, o retorno médio do aluguel residencial oscilou para 5,38% ao mês, patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Individualmente, as capitais com as maiores rentabilidades do aluguel residencial foram: Recife (6,98%), Salvador (6,22%), Goiânia (5,63%) e São Paulo (5,54%).

Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. O Indice FipeZAP+ de Locação Residencial não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.