Aluguel comercial desacelera e sobe 0,17% em outubro

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São Paulo, SP – O Índice FipeZAP apurou que os preços de vendas de salas e conjuntos comerciais de até 200 m2 recuaram 0,11% em outubro. Já os preços de locação cresceram 0,17% em outubro, em comparação aos aumentos de agosto (+0,68%) e setembro (+0,52%).

Comparativamente, o IPCA/IBGE registrou uma inflação de 0,24%, ao passo que o IGP-M/FGV apurou um aumento de 0,50% nos preços da economia brasileira. Com respeito às 10 localidades onde o segmento é monitorado, os preços de venda apresentaram elevação em: Salvador (+0,54%), Campinas (+0,32%), Florianópolis (+0,31%), Niterói (+0,25%) e
Curitiba (+0,03); contrastando com os recuos em: Brasília (-1,45%), Belo Horizonte (-0,46%), Rio de Janeiro (-0,37%) e Porto Alegre (-0,12%).

Já em São Paulo, os preços de venda permaneceram estáveis. Quanto aos preços de locação, os aumentos abrangeram: Campinas (+1,08%), Salvador (+1,01%), Florianópolis (+1,00%), Curitiba (+0,62%), Niterói (+0,36%), São Paulo (+0,27%), Belo Horizonte (+0,13%) e Porto Alegre (+0,10%). Em Brasília (-3,42%) e no Rio de Janeiro (-0,21%), houve queda.

No acumulado até outubro, os preços de venda de imóveis comerciais registraram uma queda de 0,73%, ao passo que os preços de locação subiram 4,91%. No mesmo período, o IPCA/IBGE apresentou uma inflação acumulada de 3,75%, contrastando com a deflação de 4,46% exibida pelo IGP-M/FGV.

Considerando os últimos resultados, os preços de venda de imóveis comerciais passaram a acumular uma queda de 0,89% nos últimos 12 meses, em contraste ao comportamento dos preços de locação do segmento, que avançaram, em média, 6,28% na mesma janela temporal. Para fins e comparação, os principais índices de preço de referência da economia
apresentaram as seguintes variações acumuladas nos últimos 12 meses: +4,82% (IPCA/IBGE) e -4,57% (IGPM/FGV). Individualmente, 6 das 10 localidades registraram recuos nos respectivos preços de venda nesse período: Porto Alegre (-4,26%), Belo Horizonte (-3,75%), Rio de Janeiro (-2,73%), Salvador (-2,05%), Curitiba (-0,81%) e Brasília (-0,50%); contrapondo-se às valorizações apuradas nas demais cidades: Campinas (+2,19%), Florianópolis (+2,18%), São Paulo (+0,97%) e Niterói (+0,81%).

Quanto ao aluguel, as variações acumuladas nos últimos 12 meses foram as seguintes: Niterói (+11,63%), Salvador (+11,14%), Curitiba (+10,01%), Campinas (+8,81%), Rio de Janeiro (+7,42%), São Paulo (+6,65%), Florianópolis (+6,61%), Porto Alegre (+2,28%), Belo Horizonte (+0,21%) e Brasília (-4,38%).

O valor médio de salas e conjuntos comerciais de até 200 m foi avaliado em R$ 8.388/m2, no caso de imóveis anunciadas para venda, e de R$ 42,08/m2 entre unidades oferecidos para locação. Considerando as 10 cidades monitoradas, São Paulo se destacou com o maior valor médio do segmento, tanto para venda (R$ 10.005/m2) e locação (R$ 50,50/m2). Comparativamente, os preços médios de venda e de locação de imóveis comerciais no Rio de Janeiro foram de R$ 8.678/m2 e de R$ 41,82/m2, respectivamente.

Em outubro de 2023, o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais foi calculado em 6,21% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais (5,61% ao ano). Mesmo com o incremento da rentabilidade, ambas as taxas se mantiveram abaixo do retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Considerando as 10 cidades supracitadas, os maiores retornos do aluguel comercial foram apurados em: Salvador (9,45% a.a.), Campinas (7,56% a.a.), São Paulo (6,34% a.a.) e Brasília (5,98% a.a.).