Acordo para elevar teto da dívida dos EUA enfrenta teste crucial no Congresso

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Congresso dos Estados Unidos, em Washington. Foto: Divulgação/ Casa Branca

São Paulo – O acordo para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos, que atualmente está em US$ 31,4 trilhões, enfrenta um teste decisivo no Congresso nesta semana. Com a data limite se aproximando rapidamente, os legisladores devem votar o projeto de lei em meio a intensas negociações e divisões partidárias.

O Comitê de Regras da Câmara dos Deputados está programado para considerar o projeto de lei de 99 páginas nesta terça-feira (30), antes das votações na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, e no Senado, controlado pelos democratas, na quarta-feira (31).

O acordo, liderado pelo presidente Joe Biden e pelo presidente da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, busca evitar que os Estados Unidos fiquem sem dinheiro para pagar suas contas. Segundo o Departamento do Tesouro, a data limite para evitar a situação de calote é 5 de junho.

No entanto, tanto os democratas progressistas quanto os republicanos ultraconservadores manifestaram sua oposição ao acordo. Os republicanos ultraconservadores argumentam que McCarthy deveria ter garantido cortes ainda maiores nos gastos públicos como contrapartida para aumentar o limite da dívida.

Apesar das divisões, Biden e McCarthy expressaram confiança de que obterão votos suficientes para aprovar o acordo antes da data limite. O presidente democrata afirmou que que se sente “muito bem” com as perspectivas para o projeto de lei e pediu aos democratas que tenham alguma hesitação que “falem” com ele. Já McCarthy chamou o acordo de “série histórica de vitórias”.

O acordo, assinado no último domingo (28) por Biden e McCarthy, propõe a suspensão do limite da dívida dos Estados Unidos até 1º de janeiro de 2025, permitindo que o presidente e os legisladores adiem essa questão até depois das eleições presidenciais de novembro de 2024.

Além disso, o projeto de lei estabelece restrições nos gastos governamentais nos próximos dois anos, simplifica o processo de licenciamento de determinados projetos de energia, recupera fundos não utilizados destinados ao combate à covid-19 e introduz requisitos de trabalho para programas de assistência alimentar destinados a alguns cidadãos norte-americanos de baixa renda.