Ação da Alpargatas despenca mais de 13% e lidera quedas do Ibovespa após balanço

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São Paulo – A ação da Alpargatas fechou em forte queda após a divulgação de números do segundo trimestre negativos em sua operações internacionais. No fechamento, o papel ALPA4 despencou 13,49%, a R$ 19,95 e foi a leilão algumas vezes durante o pregão e ficou na ponta negativa do Ibovespa.

O Bank of America (BofA) manteve recomendação neutra para Alpargatas, destacando que o crescimento de preço, do mix e a rentabilidade operacional geral no Brasil superaram suas projeções, mas que esses avanços foram mais do que compensados por declínios nos mercados internacionais, à medida que a companhia reformula suas operações nos EUA e a Ásia continua sendo atingida por bloqueios.

A Rothy’s, embora acelerando a aquisição e o crescimento de clientes, também registrou uma perda maior do que o esperado e pode continuar a fazê-lo à medida que aumenta sua base de clientes e lojas. “Buscamos desafios internacionais e investimentos acelerados de marca na Rothy’s para prejudicar um desempenho excepcional, mas também continuaremos procurando possíveis pontos de inflexão. No momento atual, vemos a ALPA4 como bastante valorizada e mantemos nossa classificação Neutra na ação”, comentaram os analistas do BofA.

A análise cita que as operações da Havaianas International tiveram imacto da China lutando com os bloqueios do Covid-19, corte da atividade promocional, revisão nos EUA e a mudança para entrega direta, que interromperam as vendas. A queda nos volumes internacionais caiu 5,4% (EUA -36%, China -40%) e a Rothy’s registrou um prejuízo de US$ 6 milhões no EBITDA e um prejuízo líquido de US$ 9 milhões.

A XP considerou os resultados mistos no 2T22, levemente acima das suas expectativas, com sólido aumento de preço/mix e recuperação sequencial de margem, mas com volumes pressionados e efeito cambial negativo nos resultados.

“Vale destacar que para os próximos trimestres, a Alpargatas implementou mais um aumento de preços que deve ser refletido integralmente a partir de julho o que deve contribuir para a recuperação das margens, enquanto o lançamento de slides na Europa e EUA em junho e julho deve ser um vento a favor dos volumes na operação internacional. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$28 por ação”, comentou a XP.