ABCR: Fluxo de veículos nas rodovias sobe 6,9% em setembro, em base anual

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São Paulo – O Indice ABCR referente a setembro de 2023 avançou 0,9% no comparativo com agosto, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias juntamente com a Tendências Consultoria. Comparado ao mesmo período de 2022, o índice total aumentou 6,9%, determinado pelas altas de 8,2% de leves e 3,2% de pesados.

Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves cresceu 1,2%, enquanto veículos pesados apresentou relativa estabilidade (-0,1%).

Nos últimos doze meses, o índice total acumula avanço de 4,9%, fruto do aumento de 6,1% de veículos leves e 1,4% de pesados.

O resultado positivo de setembro foi determinado pela alta do fluxo de veículos leves que, com o resultado, renovou o máximo histórico. A alta de leves em setembro mais do que superou a queda registrada no mês anterior, influenciada pela saída dos efeitos sazonais favoráveis de férias, tipicamente presentes em junho e julho. Os resultados majoritariamente positivos captam o comportamento benigno da inflação e o aquecimento do mercado de trabalho, embora os sinais mais recentes indiquem perda de dinamismo na geração de vagas. A recente melhora das condições de financiamento para as pessoas físicas, comparativamente ao primeiro semestre, também contribui para a decisão de viagens à passeio das famílias, explicam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Cardoso.

Já o fluxo de pesados demonstrou estabilidade em setembro em termos dessazonalizados, após a sequência positiva dos últimos meses. O desempenho positivo capta o benefício gerado pela produção agropecuária, seja pelo transporte de insumos, seja pela demanda de frete para o escoamento da produção agrícola. Do lado da produção industrial, há a combinação de maior produção de bens de consumo e a mudança de paradigma com o aumento das compras via comércio eletrônico. Em termos históricos, o fluxo se mantém em níveis aquecidos (+11,5% acima do pré-pandemia em fev/20), completam os analistas.