A forte onda de calor que atinge a Europa e a América do Norte serão mais frequentes e intensas, segundo um estudo da revista Communications Earth & Environment, que faz parte da revista científica Nature, divulgado nesta sexta-feira.
Os pesquisadores Lucas R. Vargas Zeppetello, Adrian E. Raftery e David S. Battisti, das universidades de Harvard e Washington, desenvolveram o Indice de Calor, que é uma métrica que mede a exposição de calor em seres humanos.
Eles dizem que, por conta do excesso de CO2 da atmosfera, tal exposição a níveis perigosos de calor aumentará entre 50% e 100%, o que ondas de calor como as vivenciadas agora em latitudes médias e altas da Terra serão mais comuns. Nestes lugares, temperaturas acima de 39 graus serão mais comuns.
Até 2100, populações que moram nas regiões tropicais estarão sujeitas a temperaturas perigosamente altas, chegando a 51 graus. Os limites considerados pelos pesquisadores para reduzir os níveis de emissão de poluentes foram estabelecidos em 2015, no Acordo de Clima de Paris.
A onda de calor que atinge a Europa, junto com a seca mais severa em 500 anos, vem causando uma série de incêndios. Mais de 662 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo, e a Espanha lidera no ranking de focos de incêndio, com 246 mil hectares queimados, seguida pela Romênia, com 150 mil hectares, e Portugal, com 75 mil hectares.
A União Europeia está enviando equipes de bombeiros, aviões e recursos em dinheiro aos países mais atingidos, para ajudar a debelar os focos de incêndio no continente.