São Paulo – O lucro da Eletrobras encolheu 17,3% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 4,597 bilhões, apesar de um aumento de 68,1% na receita operacional líquida da companhia, para R$ 11,098 bilhões.
O resultado considera todas as operações da companhia. Se forem retiradas da conta as operações vendidas pela Eletrobras, o lucro líquido continuaria sendo de R$ 4,597 bilhões, mas o resultado seria quinze vezes maior do que o observado em 2019.
A receita operacional líquida recorrente, que engloba receita do Procel, diminuiu 12,8%, a R$ 5,564 bilhões na mesma base de comparação.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Eletrobras aumentou quase seis vezes no segundo trimestre em relação a um ano antes, para R$ 7,787 bilhões ,enquanto o ebitda recorrente, que exclui custos e provisões de ativos e planos, encolheu 19%, para R$ 2,413 bilhões.
A venda de energia gerada pela estatal totalizou 46.700 gigawatts-hora (GWh), queda de 4,3% no trimestre na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.
As receitas com geração diminuíram 7,3% e totalizaram R$ 4,848 bilhões na base anual. No trimestre, o preço médio no mercado regulado ficou em R$ 314,09 por megawatts-hora (MWh), enquanto o preço no mercado livre ficou em R$ 133,67 por MWh.
O resultado da Eletrobras com operações financeiras foi um prejuízo de R$ 1,331 bilhão, ante ganho de R$ 425 milhões um ano antes. O caixa e equivalente de caixa era de R$ 33,1 milhões no trimestre, ante R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2019.
Ao final do trimestre, a dívida líquida recorrente da Eletrobras era de R$ 19,599 bilhões, 2,0% menor que a vista no mesmo intervalo do ano anterior. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda recorrente, diminuiu de 2,1 para 1,5 vez.