5G vai aumentar a produtividade e diminuir o Custo Brasil, diz vp da Telefônica Brasil

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São Paulo – A consultoria PwC Brasil promoveu na manhã de hoje um debate sobre o impacto global da banda larga ultrarrápida, com a chegada da tecnologia 5G no Brasil. A estimativa é que o 5G deve adicionar ao PIB global US$ 1,3 trilhão até 2030.

Participaram do debate o sócio e líder do setor de tecnologia, mídia e telecomunicações da PwC Brasil, Ricardo Queiroz, o vice-presidente da Telefônica, Alex Salgado, o CEO da Anatel, de Carlos Baigorri, a diretora de inovação da Pfizer Mariana Pestana, e o diretor de tecnologia da Nokia, Wilson Cardoso.

Em um primeiro momento, a nova tecnologia começou a ser implantada no país nas capitais, entre elas, Belo Horizonte, João Pessoa, Porto Alegre e São Paulo, além de Brasília. Segundo o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), a previsão é que todas as capitais tenham o 5G liberado até o dia 28 de outubro, e que a cobertura nacional esteja completa em 2029.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou nesta quarta-feira (14) a ativação do sinal em mais sete capitais a partir da próxima segunda-feira (19). São elas: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Maceió (AL), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Para o vice-presidente da Telefônica, a tecnologia vai aumentar a produtividade e, assim, diminuir o Custo Brasil, em áreas como educação, medicina e agricultura. “Por meio de parcerias, a Vivo está criando ambientes colaborativos para o ecossistema do 5G, e avaliando na prática como melhorar a produtividade, a qualificação profissional e acelerar a evolução na saúde e no agronegócio”, avaliou o executivo.

Já o CEO da Anatel destacou que a disseminação da tecnologia tem alguns desafios pela frente, entre elas, as legislações municipais para a instalação das antenas que são responsáveis em propagar o sinal. “Para conseguirmos uma ampla cobertura, é fundamental termos as antenas, que tem uma área de cobertura limitada. Por isso é preciso um número importante de antenas instaladas em locais estratégicos”, explicou.

O diretor de tecnologia da Nokia lembrou que oferecer uma boa conexão de 5G será um diferencial competitivo para os municípios que aprovarem legislações que facilitem a instalação de antenas. “Uma empresa pode preferir levar seu negócio para a cidade que tem a tecnologia funcionando com excelência, gerando assim mais emprego e impostos para o município”, ressaltou.

Para a diretora de inovação da Pfizer, a tecnologia 5G mudará a relação médico paciente, com a possibilidade de consultas remotas, além da telemedicina, cirurgias a distância, monitoramento via wearables. “A pandemia acelerou esse processo, levando as soluções para os pacientes. Com a maior possibilidade de tráfego de dados, é possível ter um serviço de diagnóstico mais preciso e ágil”, comentou Mariana Pestana.

Ela ressaltou que o 5G vai melhorar a eficiência em pesquisa clínica, ou seja, com a troca de informações mais ágil e a possibilidade de intercâmbio entre pesquisadores, o desenvolvimento de vacinas e tratamentos pode ser abreviado. Por fim, o diretor de tecnologia da Nokia deu alguns exemplos das possibilidades oferecidas pela nova tecnologia, entre elas, a criação de cidades melhores baseado em dados capturados pela tecnologia.

“Na Europa, a rede Starbucks, por exemplo, escolhe onde vai abrir uma nova unidade a partir de dados coletados pela tecnologia. A preferência vai para os locais onde há um maior fluxo de pessoas, e esse dado preciso foi levantado por meio de informações capturadas pelas novas tecnologias”, explicou Cardoso, que também disse que a coleta de dados vai ajudar governos a melhorar a eficiência nos serviços prestados à população nas áreas de energia, saneamento, segurança, saúde, transporte e zeladoria.