Yellen diz que economia dos EUA está resiliente

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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen / Foto: União Europeia

São Paulo – A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse hoje que a economia norte-americana não está mostrando sinais iminentes de uma recessão e defende que ainda é cedo para avaliar o impacto da greve na indústria automobilística no país.

“Não vejo nenhum sinal de que a economia esteja em risco de uma desaceleração”, disse Yellen em entrevista à CNBC. “Embora tenha suavizado um pouco, o mercado de trabalho ainda está em uma condição saudável, a produção industrial está aumentando e a inflação está diminuindo”.

Sobre o impasse entre o sindicato United Autoworkers e as montadoras Stellantis, Ford e General Motors em relação aos salários, Yellen disse que o governo Biden espera que os lados estejam negociando a todo momento para chegar a uma solução.

“É prematuro fazer previsões sobre o que isso significa para a economia”, disse ela. “Dependeria muito de quanto tempo a greve durará e exatamente quem será afetado por ela (…) Os dois lados precisam reduzir suas divergências e trabalhar para uma solução ganha-ganha”.

A responsável pelo Tesouro também pediu ao Congresso que promulgue legislação de apropriações para manter o financiamento do governo federal após o início do novo ano fiscal em 1º de outubro.

“Não há absolutamente nenhuma razão para um shutdown”, disse Yellen. “Embora a economia esteja em boa condição, a perda de momentum devido a interrupções no governo federal é “algo que não precisamos como um risco”, afirmou.

Membros mais à direita do Partido Republicano têm pressionado por cortes de gastos mais profundos, argumentando que os déficits fiscais dos Estados Unidos representam uma grande ameaça econômica, o que gerou um impasse para a aprovação do orçamento no ano fiscal anterior.

Yellen disse que não está vendo preocupações significativas no mercado de títulos sobre o tamanho da emissão de dívida do Tesouro dos Estados Unidos.

“É importante garantir que os déficits fiscais estejam sob controle, e reduzi-los é algo em que devemos trabalhar no futuro”, concluiu ela.