Vendas de resinas no mercado brasileiro da Braskem recuam 5% no 1° trimestre

88
Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo, SP – A Braskem divulgou o relatório de produção e vendas do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com queda de 5% no volume de vendas de resinas no mercado brasileiro em comparação com o primeiro trimestre de 2023 (1T23), explicada, principalmente, pela priorização de vendas com maior valor agregado no período. A petroquímica vendeu 839 mil toneladas de resina e 663 mil toneladas de principais químicos no país.

Em comparação ao último trimestre do ano passado (4T23), o volume de vendas de resinas no mercado brasileiro cresceu 7%, explicado, principalmente, pela maior demanda de PE e PP em função do movimento de recomposição de estoques na cadeia.

As exportações recuaram 8% e 10%, respectivamente, em relação ao 4T23 e ao 1T23 explicada, principalmente, pela priorização ao atendimento do mercado brasileiro.

A taxa média de utilização das centrais petroquímicas no Brasil e na América Latina aumentou 8% em relação ao quarto trimestre de 2023 (4T23), explicada pela retomada das operações na central petroquímica da Bahia após parada programada de manutenção ocorrida no 4T23; e maior disponibilidade de matéria-prima na central petroquímica do Rio Grande do Sul. Em relação ao 1T23, a queda (-3 p.p.) é explicada, principalmente, pela adequação da produção frente a menor demanda global.

O volume de vendas dos principais químicos recuou 5% em comparação ao mesmo período do ano passado, reflexo, principalmente, do menor volume de vendas de benzeno e cumeno em função da menor demanda; e do menor volume de vendas de gasolina por menor disponibilidade de produtos para venda.

Em comparação ao último trimestre de 2023 (4T23), as vendas no mercado brasileiro cresceram 19%, em função, principalmente, do maior volume de vendas de gasolina
explicada por melhores oportunidades no mercado brasileiro; maior volume de vendas de paraxileno em função da normalização da produção de clientes que estavam em parada programada no 4T23; maior volume de vendas de benzeno por maior demanda de clientes dos setor de plásticos e fibras; e maior demanda de butadieno por clientes do setor de elastômeros.

A companhia afirmou que, durante o 1T24, a maioria dos spreads no mercado petroquímico
internacional apresentaram aumento em comparação com o 4T23 em função, principalmente, de efeitos sazonais como a tempestade de inverno ocorrida na região do golfo dos Estados Unidos; e do conflito no Mar Vermelho impactando os fretes internacionais e os preços de resinas no mercado internacional.

“Em relação à performance operacional no primeiro trimestre de 2024, as taxas de utilização nas centrais petroquímicas no Brasil foram maiores quando comparadas ao
4T23, em função da normalização da produção após parada de manutenção na Bahia e pela maior disponibilidade d matéria-prima em Triunfo”, explicou a Braskem.

As exportações recuaram 9% e 5%, respectivamente, em relação a 4T23 e ao 1T23, explicado, principalmente, pelo menor volume de vendas de tolueno em função de melhores oportunidades comerciais no mercado brasileiro; e pela priorização ao atendimento do mercado brasileiro de gasolina.

A taxa média de utilização de eteno verde cresceu 36 pontos percentuais em relação ao 4T23, em função, principalmente, pela normalização do fornecimento de etanol após restrições no 4T23 em função das condições climáticas na região. Em relação ao 1T23, o aumento foi de 89 pontos percentuais, explicado pela parada programada de manutenção ocorrida durante o 1T23 para conclusão do projeto de expansão de 30% da capacidade de produção de eteno verde.

O volume de vendas de PE Verde caiu 8% em relação ao 4T23, em função, principalmente, de sazonalidade durante o Ano Novo Chinês. Em comparação com o 1T23, o aumento no volume de vendas foi de 22%, em decorrência da maior disponibilidade de produtos para venda dado o retorno da operação após a parada programada de manutenção no 1T23, para conclusão do projeto de expansão da capacidade de produção.

A taxa média de utilização das plantas de PP nos Estados Unidos recou 6,6 pontos percentuais em comparação com o 4T23, e caiu 5 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2023, explicado, principalmente, pela parada não programada em uma planta nos Estados Unidos, com duração de cerca de um mês entre janeiro e fevereiro. A produção da unidade foi normalizada em fevereiro.

O volume de vendas de PP nos Estados Unidos permaneceu em linha em relação ao 4T23, com queda de 1%, e recuou 2% em comparação ao 1T23, em função da otimização de estoques, que compensou parcialmente a menor disponibilidade de produtos para venda nos Estados Unidos devido a parada não programada na região.

No México, a taxa média de utilização das plantas de PE recuou 1 ponto percentual em relação ao 4T23, em função do aumento do volume de etano importado através da solução Fast Track, que foi compensado pelo menor fornecimento de etano pela PEMEX, porém em linha com a média contratual de 30 mil barris por dia. O aumento de 11 pontos percentuais em relação ao 1T23 é reflexo, principalmente, do maior volume de importação de etano através da solução Fast Track, de aproximadamente 23 mil barris por dia, comparado com 12 mil barris por dia durante o 1T23.

Já o volume de vendas de PE no México cresceu 17 pontos percentuais em relação ao 4T23, explicado, principalmente, pela sazonalidade e recomposição de estoques de PE no 4T23. Em relação ao 1T23, o aumento foi de 6%, reflexo pela maior disponibilidade de produtos para venda no período.