Venda de aços planos recua 1,6% em julho, para 310,2 mil toneladas, base anual

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São Paulo, 24 de agosto de 2023 – As vendas de aços planos recuaram 1,6% em julho de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, ficando em 310,2 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação mensal, em relação a junho, houve alta de 9%. Na comparação entre os sete primeiros meses de 2022 e 2023, as vendas recuaram 0,5%, totalizando 2.202,8 milhões de toneladas em 2023.

No mês passado, as compras de aços planos recuaram 9%, em base de comparação anual, para 301,8 mil toneladas. Com relação a junho, em que foram compradas 332,3 mil toneladas, as aquisições recuaram 9,2%. Na comparação entre os sete primeiros meses de 2022 e 2023, as compras cresceram 0,9%, totalizando 2.227,2 milhões toneladas em 2023.

Segundo o presidente executivo do instituto, Carlos Jorge Loureiro, com os números fechados dos sete primeiros meses, a expectativa das vendas para 2023 passou de uma alta de 1,5% a 2%, no começo do ano, para uma queda de 1,5% a 2%. Em 2022, as vendas alcançaram 3,73 milhões de toneladas, alta de 3,9% na comparação com 2021, mas abaixo da projeção de 5%.

Loureiro destacou que as usinas não devem conceder novos descontos, mas também não há espaço para aumento de preços, apesar da necessidade de alta diante das margens pressionadas.

Preços baixos e concorrência forte não dá espaço para mudanças nos preços atuais. Os preços do carvão e do minério de ferro ainda pressionam as margens das usinas, que precisam manter a saúde financeira do negócio”, explicou Loureiro.

O presidente da Inda ponderou que, sob o ponto de vista das usinas, aumentar as barreiras para importação da China poderia ajudar, mas isso seria sentido a longo prazo, pois a inércia da importação é muito alta.

“Os preços dos importados também impedem que as usinas elevem seus preços. Uma possível mudança no cenário seria uma alta na alíquota de importação, que passou de 12%
para os atuais 9,6%, mas isso não deve acontecer tão cedo”, concluiu Loureiro.

Em julho, os estoques cresceram 1% perante junho, atingindo o montante de 841,6 mil toneladas. O giro dos estoques, por sua vez, fechou em 2.7 meses.

As importações avançaram 83,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume de 202,2 mil toneladas. Na comparação mensal, em relação a junho, houve avanço de 0,5% nos embarques.

Para agosto de 2023, a expectativa do Inda é de que tanto a compra quanto a venda tenham queda de 4% em relação a julho.