Vale sente os efeitos da pandemia, mas produção de minério sobe

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São Paulo – A produção de minério de ferro da Vale subiu 5,5% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, influenciado por eventos não recorrentes e pandemia do coronavírus, para 67,5 milhões de toneladas, com a produção de junho acima de 25 milhões de toneladas, uma forte aceleração em relação aos meses de abril e maio.

Segundo a mineradora, o guidance de produção de minério de ferro permanece inalterado entre 310 a 330 milhões de toneladas para 2020, porém assumindo que a extremidade inferior da projeção é o cenário mais provável.

Em pelotas, a produção registrou queda de 22% no período, para 7,071 milhões de toneladas, ficando 8% abaixo da produção, principalmente devido ao lead time de logística entre produção e vendas CFR.

No entanto, a Vale revisou o guidance para produção de pelotas em 2020, passando de 35 a 40 milhões de toneladas para 30 a 35 milhões de toneladas, influenciando pelos ajustes de produção que refletem a disponibilidade de pellet feed no site de Itabira, ao adiamento da retomada da planta de pelotização de Vargem Grande para 2021, e a menor demanda do mercado.

A produção de níquel acabado alcançou 59,4 mil toneladas no trimestre, 32% maior que o visto no mesmo período do ano passado. A mineradora disse que a produção foi impactada pelo forte desempenho nas refinarias do Atlântico Norte, ao aumento da produção em Matsusaka e PTVI após manutenção de rotina no primeiro trimestre, além da maior produção de minério de origem em VNC.

No trimestre, a produção de cobre atingiu 84,5 mil toneladas, queda de 14% na comparação anual, devido aos impactos decorrentes da pandemia do coronavírus.

A produção de carvão caiu 45,9% no período e totalizou 1,2 milhão de toneladas, enquanto a produção de cobalto atingiu 1,3 milhão de toneladas, alta de 27,7% em relação ao mesmo período de 2019. Ambos foram impactados pela pandemia no período.

No quesito vendas, o minério de ferro caiu 11,8% no segundo trimestre na comparação anual, totalizando 54,6 milhões de toneladas, impactada fortemente pela demanda devido à crise desencadeada pelo coronavírus.

No trimestre, as vendas em pelotas somaram 6,9 milhões de toneladas na base anual de comparação, queda de 21,4% no período, também devido ao coronavírus. As vendas de níquel, por sua vez, caíram 26,3% no período e registraram 42,4 mil toneladas.

No período, as vendas de carvão somaram 1,3 milhão de toneladas, 33,8% inferior ao visto no mesmo trimestre do ano anterior.