Lucro da Vale recua 78,2% no segundo trimestre, para US$ 892 milhões

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São Paulo – O lucro líquido aos acionistas da Vale diminuiu 78,2% no segundo trimestre, para US$ 892 milhões., enquanto a receita líquida encolheu 13,3%, para US$ 9,67 bilhões. Os fatores que impactaram o resultado foram prejuízo operacional proforma de US$ 1,4 bilhão por menores preços realizados de minério de ferro e níquel, descaracterização de nove barragens relacionadas a Brumadinho, resultados financeiros negativos em US$ 978 milhões, US$ 881 milhões em tributos, entre outros.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em termos ajustados – que incluem dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures, mas excluem depreciação, exaustão e amortização e redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes – diminuiu 26,3%, para US$ 3,874 bilhões. O ebitda ajustado proforma, que exclui despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho e às doações relacionadas à covid-19, caiu 25,1%, para US$ 4,15 bilhões.

Os custos e despesas gerais da Vale encolheram 1,4%, para US$ 6,41 bilhões, enquanto as despesas relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho caíram 3,2%, para US$ 271 milhões. Os investimentos da mineradora encolheram 6,6%, para US$ 1,21 bilhão.

Por área de negócio, a receita da Vale na unidade de minerais ferrosos encolheu 13,8%, para US$ 7,78 bilhões, enquanto no segmento de metais básicos o faturamento foi de US$ 1,87 bilhão.

No trimestre, o preço médio realizado na venda de finos de minério de ferro caiu 13,1% na comparação anual, para US$ 98,50 por tonelada. O preço médio de venda de minério de ferro em pelotas caiu 20,3%, para US$ 160,40 por tonelada.

A dívida líquida da companhia ao fim do segundo trimestre cresceu 65,7%, para US$ 8,908 bilhões, o que equivale a 0,6 vez o ebitda ajustado em dólar acumulado pela Vale num período de 12 meses. Um ano antes, este índice era de 0,2 vez. O fluxo de caixa livre da mineradora cresceu 33712,6%, para US$ 776 milhões.

DIVIDENDOS

O Conselho de Administração da Vale aprovou, na data de hoje, a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor total bruto de R$ 8.276.500.800,00, correspondente ao valor total de R$ 1,917008992 por ação, apurados conforme o balanço de 30 de junho de 2023.

A data de corte para pagamento dos JCP aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será o dia 11 de agosto de 2023, e a record date para os detentores de American Depositary Receipts (“ADRs”) negociados na New York Stock Exchange (“NYSE”) será o dia 15 de agosto de 2023. As ações da Vale serão negociadas ex-JCP na B3 e na NYSE a partir de 14 de agosto de 2023.

O pagamento dos juros sobre o capital próprio ocorrerá em 1º de setembro de 2023. Os titulares de ADRs receberão o pagamento por meio do Citibank N.A., agente depositário dos ADRs, a partir de 9 de setembro de 2023.

O valor de JCP a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até a data de corte em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria. Sendo o caso, a Companhia fará um Aviso aos Acionistas informando o valor final por ação.