Vale inicia obras de primeira planta para descarbonização em Marabá (PA)

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Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)

São Paulo – A Vale deu início hoje às obras de implantação da primeira planta comercial da Tecnored, em Marabá, Pará. Segundo a mineradora, trata-se de um importante passo para apresentar à cadeia siderurgia uma solução tecnológica viável para seus investimentos de descarbonização.
“A tecnologia Tecnored é inovadora no mercado e permite produzir o chamado ferro gusa verde, a partir da substituição de carvão metalúrgico por biomassa, reduzindo assim as emissões de carbono em até 100%, sendo um passo importante na contribuição com a descarbonização da siderurgia”, informou a Vale, em nota.
ACORDO COM TESLA
A Vale, em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a notícia veiculada pela revista “Veja” sobre um acordo secreto da com a Tesla, de Elon Musk, em que informa que que a empresa de carros elétricos de Musk teria fechado um contrato com a mineradora brasileira para o fornecimento de níquel (elemento essencial para as baterias dos veículos), disse que “sua área de Metais Básicos, no curso regular de seus negócios, entra em acordos que contam com a proteção de cláusulas de confidencialidade com muitos de seus clientes.”
“Individualmente, estes contratos não são materiais e, desta forma, não ensejam a divulgação de um Fato Relevante, tal como definido pela Resolução CVM 44/2021, estando ainda alinhados com a estratégia de crescimento no mercado de veículos elétricos do Atlântico Norte. Esta estratégia tem sido divulgada publicamente nos documentos arquivados pela companhia, tais como a apresentação na conferência BMO Global Metals & Mining de 28/02/2022, a apresentação do resultado do 4T21 e 2021 de 24/02/2022 e a apresentação do Vale Day 2021 de 29/11/2021.”
A unidade terá capacidade inicial de produzir 250 mil toneladas por ano de ferro gusa verde, podendo chegar, no futuro, a 500 mil toneladas por ano. O start-up está previsto para 2025 com investimento estimado em aproximadamente R$ 1,6 bilhão.