Vale compra participação da Cemig na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões

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Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.
Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.

São Paulo – A Vale e a Cemig informaram a celebração de contrato para a aquisição, pela mineradora, da totalidade da participação de 45% da Cemig GT na Aliança Energia, empresa de capital fechado, por qual pagará o valor de R$ 2,7 bilhões. Após sua conclusão, a Vale passará a deter 100% do capital da Aliança Energia.

A transação é sujeita à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas da Cemig GT e a condições precedentes usuais, incluindo a anuência de órgãos competentes.

A Vale disse que a decisão foi ponderada no contexto do plano de desinvestimento da Cemig GT, tornado público em 2020. “Na condição de sócia no empreendimento e considerando que a Vale utiliza, atualmente, a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia, a companhia optou por exercer seu direito preferencial de aquisição”, explicou a mineradora, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O volume de geração da Aliança Energia é estratégico na manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale no Brasil. O portfólio de ativos de geração de energia elétrica da Aliança Energia é composto por sete usinas hidrelétricas no estado de Minas Gerais e três parques eólicos nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. Juntos, esses ativos alcançam 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.

A aquisição da participação na Aliança Energia é um passo importante para a criação de uma plataforma de energia, que potencialmente contemplará outros ativos do portfólio da Vale. Após a conclusão da aquisição, a Vale buscará potenciais parceiros para essa plataforma, mantendo seu compromisso com a descarbonização de suas operações a partir de fontes renováveis e com custos competitivos.

A Cemig informa que o valor da operação, de R$2,7 bilhões, na data base de 30 de junho de 2023, corrigido pelo CDI desde aquela data e até a dia anterior ao efetivo fechamento da transação. Desse valor, serão abatidos dividendos e Juros sob o Capital Próprio distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação.

Adicionalmente, a Cemig GT fará jus a um valor adicional, cujo valor de referência para fins do contrato é de R$223 milhões, também atualizado pelo CDI desde a data base.

“Essa alienação foi negociada na modalidade de Porteira Fechada exonerando a Cemig GT de qualquer indenização relativa à Aliança, seus ativos e seus passivos. Essa alienação também está em linha com o Planejamento Estratégico da Companhia, que prevê o desinvestimento de participações minoritárias do Grupo Cemig”, informou a Cemig.