Taxa de desocupação cai a 8,9% até agosto, em linha com a previsão de 8,95%

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Carteira de trabalho. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 8,9% no trimestre móvel encerrado em agosto, ficando abaixo ante o trimestre imediatamente anterior (9,1%), referente aos meses de março e maio de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas do mercado financeiro, de +8,95%, conforme o Termômetro CMA.

Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de junho de 2021 a agosto de 2021, quando estava em 13,1%, o índice apresentou significativa melhora, segundo o IBGE.

No fim de agosto, a população desocupada somava 9,7 milhões de pessoas, caindo 8,8% em relação ao trimestre terminado em maio, e diminuiu 30,1% no confronto com igual trimestre de 2021.

A população ocupada totalizou 99,0 milhões, subindo 1,5% em relação ao trimestre anterior (1,5 milhão de pessoas a menos) e subindo 7,9% (7,3 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre junho e agosto, o nível de ocupação chegou a 57,1%, alta de 0,7 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 3,7 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 20,5%, registrando queda de 1,3 pp em relação ao trimestre entre março e maio, assim como teve retração de 6,6 pp na comparação com igual período de 2021.

Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 23,9 milhões no fim de agosto o que representa quedas de 5,8% ante o trimestre anterior e 23,6% na comparação com o mesmo período de 2021.

Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 64,6 milhões de pessoas, permanecendo frente ao trimestre anterior e com queda de 2,3% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi de 4,3 milhões de pessoas, estável ao trimestre anterior, e com queda de 18,5% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 39,7% da população ocupada (39,3 milhões de pessoas).

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.713 entre junho e agosto, crescendo 3,1% ante o trimestre anterior e ficando estável ante igual período de 2021.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em agosto foi estimada em R$ 263,5 bilhões, com alta de 4,7% frente ao trimestre anterior e de 7,7% na comparação interanual.

Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,7 milhões de pessoas, aumentando 0,5% em relação ao trimestre móvel de março e maio de 2022 e com alta de 2,9% (3,1 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.