Taxa de desocupação cai a 11,2% até janeiro; menos que o esperado

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ibge, fila de emprego
Foto: Secretaria de Trabalho/DF

 
São Paulo, 18 de março de 2022 – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,2% no trimestre móvel encerrado em janeiro, abaixo do observado no período imediatamente anterior (12,1%), referente aos meses de agosto a outubro de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O resultado ficou minimamente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +11,3%, conforme o Termômetro CMA.
 
Na comparação com o mesmo período anterior, referente aos meses de novembro a janeiro de 2021, quando estava em 14,5%, o índice desacelerou-se, segundo o IBGE.
 
No fim de janeiro, a população desocupada somava 12 milhões de pessoas, caindo 6,6% em relação ao trimestre terminado em outubro, e diminuiu 18,3% no confronto com igual trimestre de 2021.
 
A população ocupada totalizou 95,4 milhões, crescendo 1,6% em relação ao trimestre anterior (1,5 milhões de pessoas a mais) e 9,4% (8,2 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre novembro e dezembro, o nível de ocupação chegou a 55,3%, alta de 0,7 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 4,3 pp na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
 
Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 23,9%, registrando queda de 1,9 pp em relação ao trimestre entre agosto e outubro, assim como teve retração de 5,1 pp na comparação com igual período de 2020.
 
Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 27,8 milhões no fim de janeiro, o que representa quedas de 7,2% ante o trimestre anterior e 15,5% na comparação com o mesmo período de 2021.
 
Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 64,9 milhões de pessoas, permanecendo estável frente ao trimestre anterior e caiu 3,9 milhões de pessoas em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi de 4,8 milhões de pessoas, uma queda de 6,3% em relação ao trimestre anterior, e 18,7% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,4% da população ocupada (38,5 milhões de pessoas).
 
Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.489 entre novembro e dezembro, o que significa quedas de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 9,7% ante igual período de 2020.
 
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em janeiro foi estimada em R$ 232,6 bilhões, permanecendo estável tanto no comparativo com o semestre imediatamente anterior quanto no confronto anual.
 
Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,5 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% (mais 612 mil pessoas) no trimestre móvel de novembro e janeiro de 2022 ante o trimestre de agosto a outubro e de 5,4% (5,5 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.
 
Entre os grupamentos de atividades, o IBGE reforça que houve altas trimestrais em comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+2,4%, ou mais 436 mil pessoas), alojamento e alimentação (+4,1%, ou 206 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,1%, ou 239 mil pessoas), administração pública (1,8%, ou mais 282 mil pessoas) e outros serviços (+6,8, ou mais 310 mil pessoas).
 
No confronto anual, houve aumento em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+4,0%, ou mais 342 mil pessoas), indústria geral (9,1%, ou mais 1 milhão de pessoas), construção (+13,0%, ou mais 836 mil pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+11,8%, ou mais 2,0 milhões de pessoas), transporte, armazenagem e correio (+10,5%, ou mais 463 mil pessoas), alojamento e alimentação (27,1%, ou mais 1,1 milhão de pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (6,7%, ou mais 710 mil pessoas), outros serviços (+14,1%, ou mais 606 mil pessoas) e serviços domésticos (+19,5%, ou mais 925 mil pessoas).
 
Paulo Holland / Agência CMA
 
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