S&P revisa perspectiva do Brasil para positiva

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São Paulo, 14 de junho de 2023 – A S&P Global Ratings revisou a perspectiva para o Brasil de estável para positiva e reafirmou ratings de crédito soberano ‘BB-/B’. O anúncio foi feito um pouco antes do fechamento do mercado financeiro nacional, mas foi suficiente para impulsionar o Ibovespa e acentuar a queda do dólar comercial.

 

Segundo o comunicado da agência de classificação, sinais de maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do PIB do Brasil. “Apesar dos déficits fiscais ainda grandes, o crescimento contínuo do PIB mais a estrutura emergente para a política fiscal podem resultar em um aumento menor do ônus da dívida do governo do que o originalmente esperado”, diz o relatório.

 

“Nossa perspectiva positiva baseia-se na perspectiva de que medidas contínuas para enfrentar a rigidez econômica e fiscal podem reforçar nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil e reduzir os riscos à sua flexibilidade monetária e posição externa líquida”.

 

A agência também reafirmou o rating na escala nacional ‘brAAA’, e a perspectiva permanece estável.

A avaliação de transferência e conversibilidade permanece ‘BB+’.

 

Segundo o relatório, “poderíamos revisar nossa perspectiva para estável nos próximos dois anos se uma estrutura de política inadequada ou uma implementação inadequada resultar em crescimento econômico limitado, levando a uma maior deterioração fiscal e a um ônus da dívida maior do que o esperado.

Uma deterioração na sinalização de política também pode afetar os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) e, assim, enfraquecer a forte posição externa líquida do Brasil”.

 

Em contrapartida, a agência destaca que poderia elevar os ratings nos próximos dois anos se as instituições governamentais brasileiras forem capazes de implementar políticas econômicas pragmáticas que contenham vulnerabilidades nas finanças públicas do país e preparem o cenário para um melhor crescimento do PIB.

“A chave para isso seria a aprovação de reformas adicionais – entre elas uma reforma tributária atualmente em debate”, conclui.

 

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