Sinergia com Sul América ampliará participação da Rede D'Or São Luiz, diz BTG

896
Foto divulgação: Rede D'Or

São Paulo – O BTG Pactual reiterou sua confiança nos papéis da Rede D’Or e o rating de compra para a ação com preço-alvo de R$ 60, em relatório que destaca que a companhia tem a melhor alocação de capital da categoria e que expectativa de potencial valorização conforme a companhia oferecer mais detalhes sobre as sinergias com a Sul América.
A Rede D’Or (maior rede privada de hospitais do Brasil) anunciou no fim de fevereiro a compra da Sul América (terceiro maior plano de saúde do país, em receita). Desde então, o mercado aguarda com expectativa novidades sobre as sinergias que acontecerão e os benefícios, para usuários e investidores, que a fusão vai proporcionar.
Para os analistas do BTG Pactual, as oportunidades são várias, entre elas, o aumento da participação da Rede D’Or na carteira das despesas médicas da Sul América, melhora nos custos da Sul América, ampliação do número de usuários e uma estrutura de capital mais eficiente, com a Rede D’Or aproveitando seus ativos imobiliários para ajudar a atender a solvência regulatória da Sul América.
Em linha com o plano apresentado durante o seu IPO, em dezembro de 2020, a Rede D’Or espera expandir substancialmente sua participação de mercado e dobrar o número de leitos hospitalares. “Graças ao amadurecimento de mais de 40 iniciativas de expansão orgânica (60% delas brownfield) e forte atividade de M&A, estimamos que a empresa deverá expandir o Ebitda com uma taxa média de crescimento anual de 25-30%”, apontou o BTG.
Por fim, a análise lembra que as margens operacionais da Rede D’Or foram prejudicadas por maiores custos de fornecimento, mas que agora estão voltando ao normal, especialmente devido ao forte poder de compra da companhia.
“A estrutura de capital está em níveis saudáveis (refletidos pelo baixo custo da dívida, ligeiramente abaixo do CDI + 1% ao ano), enquanto o acordo com a Sul América também deve ajudar a desalavancagem do grupo, além de melhorar a utilização de capital para os requisitos de solvência”, destacou o relatório do BTG.