Shell, Ecopetrol e Totalenergies ficam com blocos da bacia de Santos

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São Paulo – O consórcio Shell e Ecopetrol adquiriu seis dos oito blocos ofertados hoje no terceiro ciclo da Oferta Permanente, desembolsando de R$ 140 milhões. A sociedade é dividida em 70% para a Shell e 30% para a petroleira colombiana.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ofertou 14 setores de blocos exploratórios de sete bacias: Santos, Pelotas, Espírito Santo, Recôncavo, Potiguar, Sergipe-Alagoas e Tucano.
Foram arrematados 59 blocos, totalizando uma área de 7.854,91 km².  O total de bônus ofertado foi de R$ 422.422.152,64 e a previsão do investimento mínimo na fase de exploração é de R$ 406.290.000,00.
O maior lance foi da TotalEnergies, pelo setor S-M-1712, na bacia de Santos, de R$ 150 milhões, seguido por outro lance da mesma petroleira para o setor S-M-1815, de R$ 125 milhões, na mesma bacia.
Os nove blocos localizados no setor SP-AP4 da Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul, não receberam propostas.
A área SES-T4, na Bacia do Espírito Santo, teve um bloco arrematado pela empresa CE Engenharia, que ofereceu bônus de R$ 205 mil, ágio de 310%. A empresa prevê investimentos de R$ 1,04 bilhão na área arrematada, que tem 16 quilômetros quadrados.
O consórcio Imetame (30%), Seacrest (50%) e ENP Ecossistemas (20%) levaram o setor SES-T6, também na Bacia do Espírito Santo, por R$ 150 mil.
Os blocos localizados nas bacias do Alagoas e Potiguar, no Rio Grande do Norte, foram arrematados por três empresas.
Na bacia do Alagoas, a Origem arrematou 14 blocos nos setores SSEAL-T2 e SSEAL-T2, com pagamento total de bônus de cerca de R$ 1 milhão, cerca de 50% de ágio. A previsão de investimentos é de R$ 18,4 milhões para as áreas arrematadas, que somam 353 quilômetros quadrados.
No leilão da bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, a empresa Petro-Victory arrematou 23 blocos, com pagamento de cerca de R$ 1 milhão em bônus. Já a 3R Petroleum arrematou seis blocos na bacia de Potiguar, com pagamento de bônus de R$ 1 milhão.
A Petroborn ficou com dois blocos da bacia do Recôncavo, e vai Consultores, e desembolsar R$ 571,7 mil pelos dois blocos em terra REC-T-103 (R$ 360,5 mil) e Rec-T-165 (R$ 211,5 mil), do setor REC-T1.
No setor REC-T2, a NFT levou o bloco REC-T-24, por R$ 501 mil. Em parceria com a Newo, também arrematou o bloco REC-T-191, por R$ 80 mil. No total, as empresas vão investir R$ 14,5 milhões nos blocos adquiridos.
Oferta permanente
A Oferta Permanente é, atualmente, a principal modalidade de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Nesse formato, há a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas.
Desse modo, as empresas não precisam esperar uma rodada de licitações “tradicional” para ter oportunidade de arrematar um bloco ou área com acumulação marginal, que passam a estar permanentemente em oferta. Além disso, as companhias contam com o tempo que julgarem necessário para estudar os dados técnicos dessas áreas antes de fazer uma oferta, sem o prazo limitado do edital de uma rodada.