Senado dos EUA anuncia medida provisória para evitar shutdown

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Notas de dólar // Créditos: Pexels/Karolina Grabowska

Para evitar uma paralisação dos serviços públicos dos Estados Unidos, os líderes do Senado norte-americano entraram em um acordo para lançar uma medida provisória para manter o governo funcionando por mais seis semanas. No acordo está também uma ajuda de US$ 6 bilhões para a Ucrânia, em um financiamento de curto prazo.

Caso o acordo seja aprovado no Senado, ele poderá passar por obstáculos na Câmara dos Representantes, de maioria republicana. É na Câmara que um projeto para financiar a dívida norte-americana está parado e que precisa ser votado até o final deste mês, para evitar uma paralisação do funcionamento do governo, o chamado ‘shutdown’.

O senador Mitch McConnell, líder da minoria republicana, concordou com a solução de curto prazo. Atrasar a ação sobre o financiamento governamental de curto prazo não avança em nenhuma prioridade política, disse.

Fechar o governo devido a uma disputa governamental interna não fortalece a posição política de ninguém. Isso apenas bloqueia progressos importantes e deixa milhões de americanos nervosos.

A paralisação dos serviços engloba funções chamadas não essenciais, deixando funcionários públicos sem pagamento. Além disso, o shutdown pode prejudicar a classificação de crédito dos Estados Unidos, o que forçaria o governo a pagar juros mais elevados nos seus empréstimos.

Uma ala dos deputados republicanos não aceita o nível da dívida pública dos Estados Unidos, em especial a ajuda que o país vem dando à Ucrânia. “Isto certamente levará a uma paralisação do governo, disse o senador republicano JD Vance, em resposta aos US$ 6 bilhões destinados à Ucrânia na proposta provisória.

O presidente norte-americano, Joe Biden, em uma declaração ontem (26), disse que um pequeno grupo de republicanos tenta fechar o governo.

Estou preparado para fazer a minha parte, mas os republicanos na Câmara dos Representantes se recusam, disse ele. Eles se recusam a enfrentar os extremistas do seu partido. Então agora, todos na América poderiam ser forçados a pagar o preço.