Selic deve ser cortada em 0,50 ponto, fechando 2023 em 11,75% ao ano

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São Paulo, 13 de dezembro de 2023 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide hoje, em Brasília, durante a oitava reunião do ano, o futuro da taxa básica de juros básica da economia brasileira, a Selic, para os próximos 45 dias. A decisão será anunciado no final da quarta, a partir das 18h30.

 

O órgão deve reduzir a Selic, atualmente em 12,25% ao ano. A aposta quase consensual dos analistas é de um corte de 0,50 ponto percentual. As atenções do mercado estarão voltadas para o comunicado do Copom e suas sinalizações. Os membros do Comitê deverão ratificar também que um novo corte da mesma magnitude deverá ocorrer na primeira reunião de 2024.

 

Para a reunião do Copom de 13/12, a Warren Investimentos espera que a meta Selic seja reduzida em 0,50 p.p. para 11,75%, em linha com o sinalizado na reunião anterior, as declarações posteriores de diretores do BC e a visão consensual do mercado.

 

“Consideramos ainda como mais provável que o comunicado repita a mensagem de que os membros do Comitê anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, avalia Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren.

 

A XP projeta mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa

Selic, fechando em 11,75% no final de 2023. Para 2024, a estimativa é de Selic em 10,00% , acima do consenso de mercado.

 

“Desde a última reunião do Copom, avaliamos que as notícias foram, em termos líquidos, benignas para a inflação de curto prazo. As taxas de juros mais longas nos países desenvolvidos e os preços do petróleo recuaram. Além disso, a inflação corrente continua em queda, com abertura favorável. Por outro lado, os resultados do PIB do 3º trimestre vieram acima das expectativas, e sinais recentes reforçaram o viés expansionista da política fiscal”, explicam os economistas.

 

O Copom deverá manter a orientação futura de corte na taxa Selic de mesma magnitude (0,5pp) nas próximas reuniões. “Acontecimentos recentes reforçaram a visão da política monetária brasileira que defendemos há algum tempo: espaço confortável para flexibilização no curto prazo, mas limitações ao longo de 2024”, finaliza.

 

A Goldman Sachs espera unanimidade entre os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o corte na taxa de juros Selic em mais 50 pontos-base, para 11,75%.

 

“Esperamos que as orientações futuras continuem a sinalizar que o ritmo atual de cortes (-50pb) é adequado para as próximas reuniões e que o comunicado pós-reunião reconheça um maior progresso na frente da inflação e um cenário externo menos adverso, dada a queda significativa dos rendimentos do dólar a longo prazo, o amplo enfraquecimento do dólar e a precificação antecipada dos cortes de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).”

 

Os especialistas esperam, ainda, que o comitê reitere que a postura da política monetária permanecerá restritiva até que o processo de desinflação se consolide e as expectativas de inflação se reancorem em torno da meta.

 

O BTG Pactual disse que ele espera um corte de 0,5 ponto percentual (pp) na Selic, na reunião do Copom que ocorre entre a próxima terça e quarta, com a taxa terminando 2024 em 11,75%.

 

Em linha com reuniões anteriores, em novembro, o comitê manteve a sinalização unânime de ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniões  uma postura que permaneceu incontestada desde então. Na verdade, a comunicação do presidente do Banco Central, Roberto Campos, nas últimas semanas deixou claro que os cortes de 50 pontos base continuam a ser considerados como o ritmo apropriado. Além disso, segundo Campos, a batalha não acabou e é necessária perseverança.

 

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