Selic deve ser cortada em 0,50 ponto; Copom inicia reunião hoje e mercado espera o tom do comunicado de amanhã

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São Paulo, 19 de setembro de 2023 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa nesta terça-feira (19), em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. O órgão deve reduzir a Selic, atualmente em 13,25% ao ano. A aposta quase consensual dos analistas é de um corte de 0,50 ponto percentual. As atenções do mercado estarão voltadas para o comunicado do Copom, que será divulgado no final da tarde de quarta-feira.

Em entrevista à Agência CMA, Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, apostou em corte de 0,50 ponto percentual. A economista disse que a grande dúvida do mercado neste momento é identificar se os cortes continuarão na mesma magnitude até o final do ano – ainda serão dois encontros – ou se o BC poderá intensificar os cortes para 0,75 ponto percentual. Veja a entrevista completa no link abaixo:

 

 

O Paraná Banco disse que o Banco Central deve reduzir a Selic (taxa básica de juros) em 0,5 ponto percentual (pp), caindo a 12,75%. A instituição considerou cortes de 0,75 pp nas duas últimas reuniões no ano, em novembro e dezembro. Neste cenário, a instituição projeta o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5% ao final de 2023.

 

“Para os investidores, a renda fixa ainda é a melhor opção, sendo que os papéis pré-fixados são os mais recomendados quando temos um ciclo de queda nos juros. Quanto aos investimentos de longo prazo, os títulos indexados à inflação são uma opção interessante para garantir um ganho real e estão com preços interessante”, concluiu.

 

O Itaú espera um corte de 50 p.b. da Selic para 12,75% a.a., para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana, com o comitê reforçando, por ora, que há unanimidade para manutenção do ritmo e, portanto, sem abrir espaço para discussão de aceleração do ritmo de cortes no curto prazo. Com isso, a expectativa é que a taxa Selic encerre 2023 em 11,50% a.a. e 9,00% em 2024.

 

A XP disse que o (Copom)deve promover um corte de 0,5 ponto percentual (pp) na Selic (taxa básica de juros), com a chance de o órgão considerar a aceleração do corte nas duas últimas reuniões do ano. Neste cenário, a Selic deve terminar 2023 em 11,75% e 2024 a 10,0%.

 

“O fluxo de notícias desde a última reunião do Copom foi relativamente equilibrado para as perspectivas de inflação. Do lado altista, depreciação da taxa de câmbio, elevação dos preços do petróleo e atividade doméstica resiliente. Do lado baixista, leituras de Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) melhores do que o esperado, incluindo a inflação de serviços”, disse.

 

Sérgio Goldenstein, economista-chefe Warren Rena, espera que o Copom reduza a meta Selic em 0,50 p.p. para 12,75%, em linha com o sinalizado na reunião anterior e as expectativas amplamente majoritárias do mercado. “Consideramos ainda como mais provável que o comunicado repita a mensagem de que os membros do Comitê anteveem em redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, avaliou o economista.

 

“Os desenvolvimentos econômicos e financeiros desde 26 de julho nos levam a crer que o Copom deve reduzir a Selic de 13,25% para 12,75%”, prevê o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi.

 

Apesar da aceleração do IPCA em 12 meses de 3,16% para 4,61% desde a última reunião, a abertura teve grande melhora, com a difusão seguindo baixa, a inflação de serviços caindo para 5,43% em 12 meses e a média dos núcleos continuando em níveis baixos. Além disso, os preços no atacado, como expresso nos IGP-S, seguiram em trajetória descendente, o que deve levar a um arrefecimento dos preços no varejo nos próximos meses. “Isso poderia validar a tese de que o Copom pode aliviar o discurso na quarta, mas não concordamos com essa visão”, concluiu,

 

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