Resultado do 1° trimestre da Vale diverge opiniões dos analistas

717
Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais. Foto: Agência Vale

São Paulo –  Após a Vale reportar um relatório de produção decepcionante na semana passada, as opiniões no mercado divergem quanto ao resultado da mineradora divulgado, na véspera, em que a empresa teve uma queda no lucro líquido de 27,4% no primeiro trimestre de 2022.
Para Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, o resultado veio abaixo das expectativas e o “mercado não reagiu de forma negativa porque a prévia operacional – que mostra a produção e venda – já tinha sinalizado essa queda e o programa de recompra de ações que a empresa anunciou veio como positivo para manter a tendência de alta nos preços da companhia”.
Um ponto que chamou a atenção de Leite foi o custo do caixa que subiu US$ 2,2 por tonelada demonstrado pela menor diluição do custo fixo devido ao volume menor. “O câmbio negativo e os maiores custos de combustíveis também impactaram nessa linha”.
Apesar do cenário macroeconômico incerto diante da volatilidade do minério de ferro, desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia prejudicando o crescimento global e lockdowns na China, o head de renda variável da Diagrama Investimentos está otimista com a empresa. “Esperamos que os preços se recuperem em breve e a cotação do minério volte a patamares saudáveis para a geração de caixa da Vale”.
Para José Costa Gonçalves, analista da Codepe Corretora, o resultado da Vale ficou dentro das expectativas do mercado e o fato da empresa afirmar que vai cumprir com o guindance (projeções) para o ano apesar das adversidades com as chuvas é positivo, mas “o mais importante foi o programa de recompra de 500 milhões de ações e acredita que os dividendos pagos serão cada vez maiores”.