RADAR DO DIA: Rússia na ofensiva; IPCA-15 sobe 1,73%

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São Paulo – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias começaram o dia em alta. As incertezas sobre a retomada da economia mundial continuam no radar dos investidores. Ontem, a Rússia confirmou a interrupção de gás para a Polônia e a Bulgária até que os dois países concordem em pagar o combustível na moeda russa rublos.
A tensão no Leste Europeu, com os russos alertando para o risco real de uma Terceira Guerra Mundial, a China com aumento dos casos de Covid-19 e a perspectiva do aumento de juros na Europa e nos Estados Unidos mostram que 2022 será um ano com mais perdas do que ganhos.
Por aqui, A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou ontem orçamento de R$ 32,1 bilhões para financiamento de subsídios concedidos na conta de luz. Deste montante, o consumidor arca com R$ 30 bilhões, ou seja, um aumento de 54% em relação a 2021. O resultado todos sabemos qual é: aumento na conta de luz, que deve chegar a 4,65% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Hoje saiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 1,73% em abril na comparação com março. É a maior alta para um mês de abril desde 1995 (1,95%). Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 12,03% em 12 meses até abril.
O aumento do IPCA deixa claro que o Comitê de Política Monetária (Copom) terá que manter a política de juros altos por mais tempo. Na próxima reunião do comitê, na semana que vem, o mercado espera aumento de 1 ponto percentual, chegando a 12,75% ao ano.
No setor corporativo, os destaques são a divulgação do balanço do primeiro trimestre da mineradora Vale e a prévia operacional da Petrobras, ambas após o fechamento dos mercados.
A Petrobras informou que recebeu, à vista, o pagamento atualizado de R$ 4,7 bilhões da TotalEnergies, referente à parcela de 22,5% na compensação de Atapu. O bloco de Atapu foi adquirido pelo consórcio composto pela Petrobras (52,5%), Shell Brasil Petróleo Ltda. – Shell (25%) e TotalEnergies (22,5%) na segunda rodada de licitações do Excedente da Cessão Onerosa no regime de Partilha de Produção, em 17 de dezembro de 2021.
A produção de aço bruto subiu 10,1% em março, se comparado ao mês anterior, para 2,9 mi. Já na base anual, o recuo foi de 4,9%, se comparado ao mesmo período de 2021, quando foram produzidos 2.807 milhões de toneladas de aço bruto, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr).