RADAR DO DIA: À espera do Fed e Copom; IBC-Br de julho

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Foto: Wagner Magni / freeimages.com

São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em instabilidade. O mercado continua em compasso de espera para as decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos sobre as taxas de juros, amanhã (20).

Diante dos números ainda aquecidos do índice de preços ao consumidor e ao produtor, e do mercado de trabalho, analistas apontam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve manter os juros no patamar atual, entre 5,25% e 5,50%, mas ainda não sabem se a taxa continuará no patamar atual até o fim do ano.

Na manhã de hoje saiu o índice harmonizado de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro, com alta de 5,2% em agosto na comparação com o mesmo período de 2022, após a alta de 5,3% de julho. Em base mensal, os preços ao consumidor subiram 0,5% em agosto de 2023.

Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) elevou suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual em uma nova tentativa de controlar a inflação alta na região. Durante a coletiva de imprensa após a reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, deixou em aberto a possibilidade de uma pausa no aperto monetário ainda neste ano.

Por aqui, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) volte a cortar a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.) após o bom resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), especialmente por conta de uma desaceleração relevante de serviços subjacentes. O IPCA de agosto subiu 0,23% na comparação com julho. Analistas esperam mais dois cortes de 0,50 p.p. e um de 0,75 p.p até o fim do ano.

Ontem foram divulgados os dados do boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a expectativa para este ano recuou de 4,93% para 4,86%. Para 2024, o índice saiu de 3,89% para 3,69%. Sobre a taxa Selic, a previsão para este ano continua em 11,75%, assim como para 2024, que se manteve em 9%. Para o Produto Interno Bruto, em 2023, a previsão passou de 2,64% para 2,89%. Para 2024, a previsão para o PIB avançou de 1,47% para 1,50%.

Hoje também sairá o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central de julho. Em junho, o IBC-Br subiu 0,63% em relação a maio, indo a 146,65 pontos. Nos dados sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu 145,67 pontos, ganho de 2,10% na comparação com o mesmo mês de 2022. O indicador subiu 2,65% no trimestre na comparação com o trimestre anterior. Na base anual, subiu 3,42%. Em 12 meses, o IBC-BR tem alta de 3,35%.

No setor corporativo, a Itaúsa informou ontem (18) que seu Conselho de Administração deliberou declarar juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 0,1165 por ação, que serão pagos até 30 de dezembro de 2024 com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,099025 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.

A Vibra informou ontem (18) que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), referente ao exercício social de 2023. O montante bruto será de R$ 478,4 milhões, equivalentes a aproximadamente R$ 0,42909543292 por ação, a ser ainda deduzido o valor relativo ao imposto de renda retido na fonte (IRRF), na forma da legislação em vigor (exceto para os acionistas comprovadamente imunes e/ou isentos), ad referendum da Assembleia Geral Ordinária (AGO) que apreciará as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou ontem (18) que o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) deliberou por recomendar que a Secretaria de Parcerias em Investimentos e a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística tomem as providências para o encaminhamento do anteprojeto da lei de desestatização da Companhia ao Gabinete do Governador.

A TIM informou ontem (18) que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 425 milhões sob a forma de Juros Sobre Capital Próprio (JCP). O montante bruto por ação é de R$ R$ 0,175576373. O pagamento ocorrerá até o dia 23 de outubro de 2023

O Banco do Brasil (BB) e o BMO Financial Group (BMO) assinaram hoje um Memorando de Entendimento para conceder Sustainability Linked Trade Loans para Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), com ênfase em exportação de produtos oriundos de sistemas de produção sustentáveis e agricultura
de baixo carbono.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu os investimentos anunciados pela empresa em eólica em alto mar (offshore) e destacou as condições operacionais da margem equatorial brasileira, em 13 postagens no rede social “X” (ex-Twitter). Segundo Prates, é claro que a eólica no mar, inicialmente (e sem a devida escala) é mais cara que em terra. Trata-se de uma indústria completamente diferente e absolutamente não excludente das atividades em terra. Porém, após várias décadas lutando contra este tipo de afirmação rasa, o potencial eólico dos mares e grandes corpos d’água vem sendo economicamente viabilizado.