RADAR: Atenção ao IPCA e à PEC dos Combustíveis no Senado

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São Paulo – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em janeiro na comparação com dezembro, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,73%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,27%). Com isso, o IPCA acumula alta de 10,38% em 12 meses, resultado levemente abaixo da mediana das estimativas, de +10,39%, ainda segundo o Termômetro CMA
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 1,38% na primeira prévia de fevereiro. Na mesma leitura do mês passado, a variação foi de 1,41% e 1,82% no encerramento. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ficou em 1,75% e o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) +0,27%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,51%.
O IPC-S da primeira semana de fevereiro repetiu a taxa de variação apurada na última divulgação, de 0,49% e acumula alta de 9,52% nos últimos 12 meses. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação.
Lá fora, os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã, com investidores se preparando para outra rodada de resultados corporativos. Os investidores também estão de olho no relatório do Indice de Preços ao Consumidor de janeiro nos EUA, que será divulgado amanhã. Os dados de inflação devem mostrar que os preços subiram 0,4%, para um ganho de 7,2% em relação a um ano atrás. O número indicará qual direção o Fed vai tomar em relação à taxa de juros nos EUA nos próximos meses.
Na política, a PEC dos Combustíveis do Senado continua na pauta do governo. Ontem, o Banco Central alertou que as propostas para reduzir tributação de combustíveis alimentarão a inflação e vão forçar a continuidade da elevação dos juros. Os subsídios podem ter impacto de até R$ 54 bilhões aos cofres do governo.
No âmbito corporativo, o Bradesco divulgou ontem que lucro líquido diminuiu 2,8% no quarto trimestre de 2021, para R$ 6,61 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de ganhos ou despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 3,17 bilhões, caindo 42,0% em relação a um ano antes. Hoje é a vez de Klabin, Suzano e Dexco (antiga Duratex) apresentarem seus números do último trimestre de 2021.
Ontem, o Conselho de Administração da Klabin aprovou o investimento no valor total de até R$ 188 milhões para ampliação da unidade de conversão de papelão ondulado localizada em Horizonte, no Ceará.
A Azul teve alta de 11,6% no tráfego doméstico de passageiros (RPKs) em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2021, frente a um aumento de 4,8% da capacidade doméstica (ASKs), resultando em uma taxa de ocupação de 84,4%, um aumento de 5,1% pontos percentuais comparado com o mesmo período em 2021.
O conselho de administração da Localiza aprovou a emissão de debêntures simples, com garantia fidejussória adicional da sua subsidiária Localiza Fleet, de até R$ 2,5 bilhões, em duas séries, para distribuição pública com esforços restritos de distribuição. A primeira série terá prazo final em 25 de fevereiro de 2027 e a segunda, em 25 de fevereiro de 2029.
As exportações brasileiras de carne suína totalizaram 74,6 mil toneladas em janeiro, o que supera em 18,2% os embarques registrados no mesmo período de 2021, com 63,1 mil toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esses dados consideram todos os produtos, entre in natura e processados.
As vendas internacionais do primeiro mês de 2022 geraram receita de US$ 160,7 milhões, saldo 9,7% maior que o total obtido em janeiro de 2021, com US$ 146,5 milhões.
Nesta manhã, a Toyota reportou lucro líquido de 791,738 bilhões de ienes (US$ 6,848 bilhões) no terceiro trimestre fiscal de 2022, encerrado em 31 de dezembro de 2021, uma queda de 5,59% ante o mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita líquida somou 7,785 trilhões de ienes (US$ 67,350 bilhões), uma baixa de 4,4%.