Queda no nível de emprego pode impactar desempenho de operadoras de planos de saúde

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

São Paulo, SP – O Brasil ganhou 159.454 empregos formais em outubro, resultado da admissão de 1.789.4622 pessoas e da demissão de outras 1.630.008, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem (30) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Em setembro, o número ficou em 278 mil.

O BTG Pactual lembrou que, apesar de uma desaceleração na comparação mensal, a criação de emprego no país ainda é positiva. Cerca de 70% da cobertura de planos de saúde privada está relacionada a planos corporativos, ou seja, os dados do Caged têm uma forte correlação com o crescimento da adesão aos planos, explicou o BTG.

A corretora disse que a geração de empregos em outubro foi ajudada principalmente pelo setor de serviços, mas que os números alertam para uma possível desaceleração nos próximos meses, principalmente na indústria.

“A alta das taxas de juros e a recente queda dos indicadores de confiança em novembro refletindo incerteza em torno da política econômica do novo governo apontam para uma perda do mercado de trabalho nos próximos meses”, ponderou a análise.

Apesar dos números fracos do terceiro trimestre, o BTG acredita que os custos das operadoras de planos de saúde devem recuar nos próximos trimestres e que o aumento gradual das mensalidades deve garantir resultados mais ‘normalizados’ em 2023.

“Mantemos nossas preferências em Hapvida, Rede D’Or/Sul América, CM Hospitalar e Mater Dei, todos bem posicionados e prontos para crescer diante no mercado setorial de planos de saúde”, concluiu o BTG.