Projeções indicam pleno atendimento em energia e potência até o final de abril de 2023

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Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.
Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que os resultados dos prospectivos apresentadas pelo órgão na reunião semanal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada nesta semana, indicam que os cenários prospectivos de agora até o final de abril de 2023 são positivos, com a indicação de pleno atendimento tanto em termos de energia quanto de potência referente ao período de maior demanda do dia.

Na reunião, o operador apresentou as estimativas para o atendimento da demanda nos próximos seis meses. Pelas previsões, foi observado que o volume de chuvas ocorridas atualmente caracteriza o início do período tipicamente úmido. Quanto às afluências, foram adotados dois cenários nos estudos prospectivos, sendo o mais favorável com a Energia Natural Afluente (ENA) média correspondente a 113% da Média de Longo Termo (MLT) e, o mais conservador, com a ENA média de 73% da MLT.

Com relação aos dados de Energia Armazenada (EAR), a gestão dos reservatórios do país realizada pelo Operador, associada a um nível satisfatório de chuvas, fizeram com que as usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN) terminassem outubro de 2022 com níveis de armazenamento superiores aos registrados no ano passado. Destaque para o Sudeste/Centro-Oeste, cujo valor armazenado foi o maior em 10 anos e mais de 30 pontos percentuais acima do aferido em outubro de 2021.

As projeções da EAR para o final de abril de 2023 indicam que, no melhor cenário, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estarão com 97,6% do seu volume e, no cenário menos favorável, com 58,1%. Os mesmos dados prospectivos de EAR para o SIN são de 95,3% e 64,6%, na projeção mais otimista e na mais conservadora, respectivamente.

“Com a boa condição atual de armazenamento no SIN e as projeções para os próximos seis meses, pode-se apontar que a geração térmica deve ficar restrita às usinas que operam por inflexibilidade, assim como os subsistemas devem registrar EAR em níveis elevados ao final do próximo período úmido, resultado esse observado mesmo no cenário em que a estação chuvosa se mostre desfavorável”, disse o órgão, em comunicado.