Produção total da Petrobras no Brasil e exterior alcança 2,9 mi de boed no 4º trimestre

301

São Paulo, 8 de fevereiro de 2024 – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2.935 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no quarto trimestre de 2023, alta de 10,9%, na comparação anual. Na comparação trimestral, a produção subiu 2%, em função, principalmente, do ramp-up das plataformas P-71, no campo de Itapu, FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios e dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador. Também contribuiu para o resultado do 4T23 a entrada de 4 novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo declínio natural de campos maduros.

No Brasil, a produção foi de 2.901 milhões de boed, crescimento de 11,1% na comparação com o mesmo período de 2023. No exterior, a produção foi de 34 milhões de boed, baixa de 2,9% na mesma base de comparação.

No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1.937 milhões de barris por dia (bpd), alta de 18,2% na comparação anual. A companhia também registrou recorde de produção própria no pré-sal no 4T23, foi de 2,33 MMboed (recorde anterior de 2,25 MMboed no 3T23), que representa 79% da produção total da Petrobras. “A produção de óleo no pré-sal foi de 1.937 Mbpd, 3,5% superior ao 3T23, devido, principalmente, ao ramp-up do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, da P-71, no campo de Itapu, e do FPSO Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador, além da menor quantidade de paradas na comparação com o 3T23”, explicou a companhia, no relatório de produção e vendas do 4T23.

Outros recordes no trimestre (4T23) foram em produção total operada, de 4,05 MMboed (recorde anterior de 3,98 MMboed no 3T23); e IUGA (Indice de Utilização do Gás Associado) de 98,0% (recorde anterior de 97,6% no 1T22), contribuindo de forma significativa para a redução das emissões e maior eficiência em carbono.

A produção nos campos do pós-sal diminuiu 3,2% e atingiu 388 mil bpd no período. Foi 5,8% inferior ao 3T23, principalmente em função do maior volume de perdas com paradas e manutenções e do declínio natural de produção, fatores parcialmente compensados pelo ramp-up do FPSO Anna Nery e 2 novos poços de projetos complementares na Bacia de Campos, 1 deles no campo de Tartaruga Verde e outro no campo de Jubarte.

A produção em terra e águas rasas foi de 36 Mbpd, 2 Mbpd superior ao trimestre anterior, em função do menor volume de perdas com paradas e manutenções. A produção no exterior foi de 34 Mboed, referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, em linha com o 3T23.

No segmento de Refino, o volume total de vendas no mercado interno foi de 1.733 milhão de bpd no 4T23, 3,5% inferior na comparação anual. No ano, o mesmo indicador atingiu 1.744 milhão no mercado interno, queda de 0,5%%.

Ainda na área de refino, no 4T23, o volume de produção total foi 1.798 milhões de bpd no período, alta anual de 4,3%. Em todo o ano passado, o volume de produção total 1.722 milhão de bpd, elevação de 1,7%.

O volume de vendas de derivados no 4T23 reduziu 4,8% em relação ao 3T23, principalmente em função do diesel, do GLP e da gasolina. A redução de 6,6% nas vendas de diesel no 4T23 em relação ao 3T23 ocorreu devido à sazonalidade do consumo, usualmente mais elevado no terceiro trimestre do ano por conta do plantio da safra de grãos de verão e da atividade industrial. As vendas de GLP também apresentaram queda de 5,6% em função de fatores sazonais, como temperaturas mais elevadas e menor atividade industrial no 4T23. Houve ainda redução de 2,2% nas vendas de gasolina, em razão, principalmente, da perda de participação do derivado para o etanol hidratado no abastecimento dos veículos flex.

A produção de derivados no 4T23 reduziu 1,7% em relação ao 3T23, em linha com o mercado. Em contrapartida a produção de óleo combustível do 4T23 foi 10,3% maior que no 3T23 em função de menor produção de asfalto devido à redução da demanda deste derivado.

“Em 2023 as vendas se mantiveram estáveis em relação à 2022. Destacamos o aumento das vendas de gasolina em 2,7%, as maiores nos últimos 6 anos, impactadas pelo aumento do mercado ciclo Otto e ganho de participação em relação ao etanol hidratado em boa parte do ano”, explicou a Petrobras.

No período de outubro a dezembro de 2023, as exportações líquidas somaram 885 mil bpd, crescimento de 11,6%, enquanto a importação alcançou 621 mil bpd no trimestre, alta de 73,9%% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, as exportações aumentaram 7,5% no 4T23, e as importações reduziram 10% em relação ao 3T23, com destaque para o petróleo, que teve elevação de produção entre os trimestres, e para a gasolina.

Em 2023 as exportações aumentaram 13% em relação a 2022, em virtude das maiores exportações de petróleo e gasolina. No mesmo período as importações reduziram 18%, principalmente devido à menor importação de diesel, pelo aumento de produção e otimização operacional das refinarias.

“No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, o fator de utilização total (FUT) do parque do refino foi de 92% em 2023, 4 p.p acima de 2022, mesmo com a realização de relevantes paradas programadas ao longo do ano nas refinarias REFAP, RPBC, REDUC e REGAP. Em relação a 2022, aumentamos a participação de diesel, gasolina e QAV em 2 p.p, alcançando 68% da produção total, fruto de ações de otimização de processos”, comentou a Petrobras.

A produção total de derivados foi de 1.772 Mbpd em 2023, 2% acima da produção de 2022. “Esse crescimento garantiu a melhor alocação do óleo nacional e permitiu atender o mercado com os derivados produzidos no Brasil, reduzindo as importações. Em 2023, alcançamos novo recorde de processamento de óleos do pré-sal, que representaram 65% da carga processada no Refino, 3 p.p. acima do resultado de 2022. O pré-sal possui uma combinação de alta produtividade, petróleo com menor pegada de carbono e maior rendimento de diesel, gasolina e QAV.”

RELEASE DA PETROBRAS

Veja a íntegra do release divulgado pela Petrobras sobre o resultado de produção e vendas do 4T23:

“Produção da Petrobras cresce no 4º trimestre de 2023

A Petrobras voltou a apresentar excelentes resultados operacionais no 4º trimestre de 2023. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural própria da companhia alcançou 2,94 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período, um crescimento de 2% em comparação com o terceiro trimestre de 2023 (3T23). O resultado foi obtido, principalmente, em virtude dos ramp-ups das plataformas: P-71, no campo de Itapu, FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios e dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador. Também contribuíram a entrada de quatro novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos. A produção própria de óleo no pré-sal foi de 1.937 milhões de boed, 3,5% superior ao 3T23. Os dados estão presentes no relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado nesta quinta-feira (08/02/2024) pela companhia.

O quarto trimestre de 2023 consolidou os bons resultados que alcançamos ao longo do ano. O ano de 2023 foi de muito trabalho, mas ao mesmo tempo de muitos êxitos e conquistas pela Petrobras. Recordes ocorreram em diversas áreas da companhia, do E&P ao Refino, coroando todo o esforço do nosso time. Estamos extremamente orgulhosos, afirma Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

O 4T23 foi de recordes trimestrais por parte da Petrobras. A produção total operada pela companhia alcançou 4,05 milhões de boed por dia (recorde anterior de 3,98 milhões de boed no 3T23). A produção própria no pré-sal, que considera também gás natural, foi de 2,33 milhões de boed, (recorde anterior de 2,25 milhões de boed no 3T23), que representa 79% da produção total da Petrobras. O Indice de Utilização do Gás Associado (IUGA) foi de 98% (recorde anterior de 97,6% no 1T22), contribuindo de forma significativa para a redução das emissões e maior eficiência em carbono.

Os números apresentados no quarto trimestre coroam o excepcional resultado apresentado pela companhia em 2023. A Petrobras atingiu todas as projeções de produção para 2023, que haviam sido revisadas para níveis superiores em novembro de 2023. A produção anual total de óleo e gás natural, de 2,782 milhões de boed, ficou 3,7% acima da produção registrada em 2022. A companhia também atingiu o recorde anual na produção operada, com média de 3,87 milhões de boed, 6,2% acima do registrado em 2022.

O fator de utilização total (FUT) do parque do refino foi de 92% em 2023, 4 pontos percentuais acima de 2022, mesmo com a realização de relevantes paradas programadas ao longo do ano nas refinarias Refap, RPBC, Reduc e Regap. Em relação a 2022, a Petrobras aumentou a participação de diesel, gasolina e QAV em 2 pontos percentuais, alcançando 68% da produção total, fruto de ações de otimização de processos. A produção total de derivados foi de 1.772 milhões de barris por dia (bpd) em 2023, 2% acima da produção de 2022.

Em 2023 os óleos do pré-sal representaram 65% da carga processada no refino, estabelecendo novo recorde em relação ao processamento de 62% em 2022. O pré-sal possui uma combinação de alta produtividade, petróleo com menor pegada de carbono e maior rendimento de diesel, gasolina e QAV. As vendas de diesel S-10 no ano representaram 62% das vendas totais de diesel, alcançando um novo recorde, com uma comercialização de 463 mil bpd. Acompanhando as vendas, a Petrobras atingiu recorde anual de produção de diesel S-10 em 2023 com 428 mil bpd produzidos.

Com os investimentos do Programa RefTOP e ações de otimização, a companhia alcançou em 2023 os melhores resultados das refinarias em Intensidade Energética (103,7 ou 3,8 pontos melhor que o resultado de 2022), e Intensidade de Emissão de Gases do Efeito Estufa (36,8 kgCO2eq/CWT, redução de 3% em relação a 2022), evidenciando o compromisso da Petrobras com a redução da intensidade de carbono das suas operações.”