Produção total da Petrobras no Brasil e exterior alcança 2,7 milhões de boed, queda de 4,3%

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Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). (Foto: André Valentim/Agência Petrobras)

São Paulo – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,676 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre deste ano, queda de 4,3% na comparação anual. A companhia manteve uma boa performance operacional no intervalo, 1,1% acima do 4T22.

No Brasil, a produção foi de 2,640 milhões de boed, retração de 4,2% na comparação com o mesmo período de 2022.No exterior, a produção foi de 36 milhões de boed, baixa de 7,7% na mesma base de comparação.

No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,702 milhão de barris por dia (bpd), alta de 1,2% na comparação anual e 3,8% superior ao 4T22, principalmente devido ao início do ramp-up de produção da P-71, na Bacia de Santos, que atingiu produção de aproximadamente 50 Mbpd, com 1 poço produtor e um poço injetor, e da entrada de quatro novos poços na Bacia de Campos (1 em Barracuda, 1 em Caratinga e 2 no Polo Jubarte).

A produção nos campos do pós-sal diminuiu 18% na comparação com o 1T22 e atingiu 383 mil bpd no período, 4,5% inferior ao 4T22, principalmente em função do encerramento da produção das plataformas P-18 e P-20 e desinvestimentos em Albacora Leste e Papa-Terra, além do declínio natural de produção, efeitos parcialmente compensados pelo início de produção de 4 novos poços na Bacia de Campos (3 em Roncador e 1 no Polo Jubarte).

De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 62% da produção de óleo no período, 2 pontos percentuais acima do 4T22 e contribuíram para a elevação do rendimento de derivados de alto valor agregado e redução de emissões.

No segmento de Refino, o volume de produção total foi de 1,652 milhão de bpd, queda de 4,3% em relação ao 1T22 e de 4,2% na comparação trimestral, enquanto o volume de vendas no mercado interno caiu 0,2% e 5,5% nas mesmas bases, para 1,697 milhão de bpd.

O volume de vendas de derivados no 1T23 teve uma redução de 5,5% em relação ao 4T22, principalmente diesel e gasolina, que sazonalmente possuem consumo mais fraco no primeiro trimestre do ano. O desinvestimento da REMAN também impactou a evolução das vendas destes derivados entre os trimestres.

“A produção de derivados teve redução de 4,2% no 1T23 em relação ao 4T22, acompanhando a redução de vendas e impactada pelas paradas programadas de unidades da REVAP, REFAP e RPBC. Comparado ao 1T22, a produção teve queda de 4,3% em função das paradas supracitadas e da saída da REMAN, querepresentava 2,4% da capacidade do nosso parque de refino”, explicou a empresa.

No período, as exportações líquidas somaram 520 mil bpd, crescimento de 26,5%, enquanto a importação alcançou 367 mil bpd no trimestre, alta de 5,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

No 1T23 a exportação líquida cresceu 45,7% em relação ao 4T22, devido à maior exportação de petróleo em função da elevação da realização de estoques em andamento de períodos anteriores e à menor importação de derivados, ocasionada pela sazonalidade do consumo.

DESTAQUES DA COMPANHIA

A Petrobras informou os seguintes destaques de produção e vendas no 1T23: “a produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,68 MMboed no 1T23, 1,1% acima do 4T22, em função, principalmente, do início do ramp-up da P-71, no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, da entrada de 8 novos poços na Bacia de Campos e de maiores eficiências de produção das plataformas.

A produção no pré-sal bateu novos recordes mensal de 2,13 MMboed, em fevereiro de 2023, e trimestral, de 2,05 MMboed, equivalente a 77% da produção total da Petrobras, ante 75% no 4T22. A produção total operada pela Petrobras atingiu 3,74 MMboed no trimestre, 1,1% acima do trimestre anterior.

Tivemos também, em fevereiro, recorde de produção mensal em uma plataforma do pré-sal no FPSO Guanabara, no campo de Mero, cuja média de produção de óleo atingiu 179 Mbpd. O atingimento de mais um recorde, desta vez apenas 10 meses após o 1º óleo da unidade e com 4 poços produtores, reforça o enorme potencial do campo de Mero, e é resultado da capacidade e comprometimento de nosso corpo técnico e de nossos parceiros para superar desafios, afirma o Diretor de Exploração & Produção, Joelson Mendes.

O FPSO Anna Nery está na locação e prestes a iniciar a operação no campo de Marlim, na Bacia de Campos. A unidade tem capacidade para produzir até 70 Mbpd e processar 4 MMm3 de gás natural por dia e será o primeiro FPSO do projeto de revitalização de Marlim e Voador a entrar em operação.

No 2T23, prevemos ainda o início de operação do FPSO Almirante Barroso. A unidade, com capacidade nominal de produção de óleo de 150 Mbpd, já está na locação, no campo de Búzios, com ancoragem finalizada e primeiro poço produtor interligado. Esta será a quinta unidade a entrar em operação no campo de Búzios.

O rendimento de diesel, gasolina e QAV no 1T23 atingiu 67% de participação na produção total, 1 p.p. acima do 4T22. As vendas de derivados no 1T23 ficaram em linha com o 1T22, apesar da conclusão da venda da REMAN em 30 de novembro de 2022.

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino foi de 85% no 1T23, apenas 1 p.p. abaixo do 4T22, mesmo considerando as relevantes paradas programadas nas refinarias REVAP, REFAP e RPBC. As paradas da REFAP e RPBC foram as maiores paradas da história dessas refinarias, nas quais englobaram mais de 800 grandes equipamentos e contaram com a participação de mais de 10 mil pessoas no pico dos trabalhos. As paradas programadas realizadas garantem a confiabilidade e integridade das refinarias, além da implantação de projetos que aumentam a eficiência energética e a segurança dos processos.

Os resultados obtidos com a melhoria da eficiência operacional e os investimentos do programa RefTOP (Refino de Classe Mundial) contribuíram com a redução da Intensidade Energética de todo o parque atingindo 106,4 no 1T23, 1,4 abaixo do observado no 4T22, e com a redução da Intensidade de Emissões de Gases de Efeito Estufa (IGEE) para 37,7 kgCO2e/CWT, 0,2 kgCO2e/CWT a menos em relação ao 4T22.

Os óleos do pré-sal representaram 62% da carga processada no 1T23, 2 p.p. acima do 4T22 e contribuíram para a elevação do rendimento de derivados de alto valor agregado e redução de emissões.

Avançamos no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis e eficientes, com a certificação do Diesel R na REPAR, o lançamento da nova gasolina Premium, a comercialização exclusivamente de óleo combustível com teor máximo de 1% de enxofre no mercado nacional e o início da comercialização do Ultra Low Sulfhur Marine Gas Oil. Adicionalmente, realizamos teste de pavimentação com asfalto CAP PRO, um novo produto que pode reduzir em até 35% o consumo de energia e até 65% as emissões dos Gases de Efeito Estufa, com previsão de início de vendas no segundo semestre.

As vendas de diesel S-10 no 1T23 representaram 63,3% das vendas totais de óleo diesel pela Petrobras, ultrapassando o registro do 4T22 de 60,3% e estabelecendo um novo recorde trimestral.”