Produção industrial do Brasil cai 0,4% em setembro ante agosto, mostra IBGE

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Foto: Anamul Rezwan / Pexels

São Paulo – A produção industrial brasileira retraiu-se 0,4% em setembro em relação a agosto, depois de já ter caído 0,7% no mês anterior na mesma base de comparação. O resultado veio abaixo da previsão de queda de 0,2%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Já em relação a agosto de 2020, houve queda de 3,9%, sendo a quarta queda consecutiva deste indicador. O resultado também ficou abaixo da mediana das expectativas, de -4,1%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula altas de 6,4% em 12 meses até setembro e de 7,5% no ano.

O recuo de 0,4% da atividade industrial, frente ao mês anterior, teve perfil disseminado de taxas negativas, alcançando três das quatro das grandes categorias econômicas e 10 dos 26 ramos pesquisados

Entre as atividades pesquisadas, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-1,3%), que voltou a recuar após subir 1,9% no mês anterior, e metalurgia (-2,5%), eliminando o avanço de 0,4% verificado em agosto.

Ainda entre as influências negativas, destacaram-se as atividades de Couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%), outros equipamentos de transporte (-7,6%), bebidas (-1,7%) e móveis (-3,7%).

Já os principais impactos positivos vieram de farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%), outros produtos químicos (2,3%) e produtos do fumo (6,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a agosto, bens de capital recuaram 1,6%, acelerando a redução observada em agosto (1,2%). Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,2%) e de bens intermediários (-0,1%) também recuaram, com o primeiro acumulando a nona queda seguida, período em que acumulou perda de 26,5%; e o segundo com a sexta taxa negativa consecutiva, recuando 3,5% nesse período.

Por outro lado, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) apontou a única taxa positiva, acumulando a terceira alta seguida, com avanço de 1,4 neste período.

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria caiu 0,7% no trimestre encerrado em setembro de 2021 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2021.

Entre as atividades, bens de consumo duráveis caiu 2,2%. Os segmentos de bens intermediários (-0,5%) e de bens de capital (-0,2%) também tiveram resultados negativos. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) teve a única taxa positiva em agosto de 2021, após recuar 0,3% em agosto, quando interrompeu dois meses consecutivos de crescimento.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, o maior dinamismo foi observado para bens de capital (-22,3%) e bens de consumo duráveis (13,1%). Bens intermediários (5,9%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,5%) também acumularam alta no ano, embora abaixo da média da indústria (7,5%).