Previsão para Selic em 2021 sobe de 7,25% para 7,50%

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Edifício-sede do Banco Central em Brasília. (Foto: Divulgação/BC)

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão da taxa básica de juros ao fim deste ano em alta pela segunda semana seguida, passando de 7,25% para 7,50%. Há um mês, a projeção para a taxa Selic ao fim de 2021 era de 6,75% ao ano.

Para 2022, a previsão para a Selic também foi elevada pela segunda semana consecutiva, a 7,50% ao ano, de 7,25% há uma semana e 7,00% há um mês. No que se refere a 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há 20 e 16 semanas, respectivamente

Na semana retrasada, o Copom acelerou o ritmo do aperto monetário em 100 pontos-base, elevando a taxa Selic em 5,25%. Além disso, a autoridade monetária sinalizou a intenção de manter o ritmo de elevação da taxa básica de juro na reunião de setembro com o objetivo de ancorar as expectativas inflacionárias para 2022 e convencer o mercado que não está atrás da curva.

IPCA – Enquanto isso, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano foi elevada pela 19ª vez seguida, passando de 6,88% para 7,05%. Há um mês, a projeção era de +6,31%. Para 2022, a projeção foi elevada pela quarta semana seguida, a 3,90%, de 3,84% na semana passada e 3,75% há um mês. Para 2023, a previsão é mantida em 3,25% há 57 semanas. Já em relação a 2024, a estimativa se manteve em 3,00% pela terceira semana seguida. 

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela 19ª vez seguida, passando de 6,94% para 7,12%, de 6,43% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país oscilou em queda, a 5,28%, de 5,30% há uma semana e 5,27% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico também oscilou em queda, de 2,05% para 2,04%, enquanto para 2023 e 2024 as projeções ficaram em 2,50%, cada, há 128 e 75 semanas, nesta ordem.

Taxa de câmbio – Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 se manteve em R$ 5,10 pela segunda semana, de R$ 5,05 há um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela nona semana. Para 2023 a cotação do dólar subiu de R$ 5,00 para R$ 5,05. Já para 2024, ficou em R$ 5,00, pela nona semana seguida.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 para US$ 69,7 bilhões, de US$ 69,4 bilhões uma semana antes, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Apesar da oscilação em alta para este ano, as projeções foram mantidas em todo o restante do horizonte de estimativas avaliado pelo BC. Para 2022, a estimativa de saldo comercial ficou em US$ 62,8 bilhões. Para 2023 a previsão permaneceu em US$ 60 bilhões. Já para 2024, a projeção manteve-se em US$ 55,5 bilhões.

Saldo em conta corrente – Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 manteve-se em zero pela segunda semana; para 2022, a previsão passou de -US$ 14 bilhões para -US$ 14,3 bilhões; para 2023, a projeção passou de -US$ 23 bilhões para -US$ 24 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 30 bilhões para -US$ 35 bilhões.

Investimento estrangeiro – Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) oscilou em alta, a US$ 54 bilhões, de US$ 53,75 bilhões há uma semana. Para 2022, a estimativa osciou em queda, de  US$ 67 bilhões para US$ 66,99 bilhões. Para 2023, a estimativa foi mantida reduzida a US$ 71,09 bilhões, de US$ 72 bilhões, enquanto para 2024 a projeção foi mantida em US$ 75 bilhões.