Previsão para inflação em 2021 sobe pela quinta semana, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela quinta vez seguida, passando de 3,53% para 3,60%. Há um mês, a projeção era de +3,34%. Para 2022, a previsão oscilou para 3,49%, após 79 semanas estável em 3,50%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 30 e há duas semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela quarta semana consecutiva, passando de 3,60% para 3,64%, de 3,39% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro voltou a revisar para baixo a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, após quatro semanas de alta, passando de 3,50% para 3,47%, de 3,41% um mês atrás. Para os demais anos, de 2022 a 2024, a previsão de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 146, 101 e 48 semanas, respectivamente.

Já a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 seguiu inalterada, em R$ 5,01, enquanto em 2022 seguiu em R$ 5,00 pela segunda semana, de R$ 4,90 há um mês. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 4,86, de R$ 4,85 um mês atrás, e em 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 4,90, de R$ 4,89 quatro semanas antes.

Por fim, a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano ficou em 3,50% pela segunda vez, de 3,25% há quatro semanas. Para os próximos anos, a taxa seguiu em 5,00% em 2022, também pela segunda semana; e em 6,00%, há 15 e 47 semanas, nesta ordem, para 2023 e 2024.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55 bilhões pela quarta vez seguida. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo também ficou inalterada, em US$ 49,70 bilhões, enquanto para 2023 subiu de US$ 45 bilhões para US$ 48 bilhões, na terceira revisão seguida. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 41 bilhões para US$ 43,30 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de déficit de US$ 19,66 bilhões para -US$ 19,00 bilhões, na segunda revisão seguida; para 2022, foi de -US$ 29,05 bilhões para -US$ 28,90 bilhões, na terceira alteração consecutiva; para 2023, passou de -US$ 28,20 bilhões para -US$ 22,90 bilhões, na segunda revisão, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 36,74 bilhões para -US$ 32,39 bilhões, a terceira semana de mudança.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida para todos os anos, exceto para 2024, passando de US$ 82,50 bilhões para US$ 80 bilhões, na segunda redução seguida. Para 2021, a previsão de aportes estrangeiros no setor produtivo permaneceu em US$ 60 bilhões para 2021; em US$ 70 bilhões para 2022, pela décima segunda e décima terceira semanas consecutivas, respectivamente, enquanto para 2023, a previsão permaneceu em US$ 80 bilhões.